Em um caso que provocou comoção, a Polícia Militar de Meio Ambiente ainda apura a responsabilidade da crueldade praticada contra um cão, encontrado agonizando com golpes de facão pelo corpo e com a metade da face decepada, nas Chácaras Paraíso, em Santana do Paraíso.
Comandante do 2º Pelotão de Polícia Militar de Meio Ambiente, o tenente Átila Porto afirma que em função da divulgação que se faz dos casos, as pessoas têm noticiado cada vez mais as agressões contra animais domésticos, especialmente os cães.
O caso do cão Davi, que teve metade da face decepada, chamou a atenção no fim da semana passada, quando moradores das chácaras denunciaram a agressão.
Integrantes da Associação Meu Amigo Cão informaram que viram o pedido de ajuda em uma rede social, publicada por uma jovem que encontrou o cão ainda na sexta-feira (11) e o levou para a casa.
Sem encontrar clínica veterinária aberta, a jovem lançou um pedido de socorro nas redes sociais. A mensagem foi vista pelos integrantes da associação, que foram a Santana do Paraíso prestar ajuda à jovem que primeiramente recolheu o cão da rua.
O animal agora está sob cuidados veterinários e depois de ficar completamente recuperado, Davi será disponibilizado para adoção.
Apuração
A autoria da agressão ainda é apurada, mas a Polícia de Meio Ambiente suspeita de onde teria partido a agressão. O cão morava na rua e o caso já foi repassado à Delegacia de Polícia Civil.
“A Lei 9.605, em seu artigo 32, estabelece pena de detenção e três meses a um ano para quem praticar crueldade contra animais. Se ocorrer a morte do animal, aumenta em um terço. É uma pena irrisória, diante da ação que um humano pode fazer contra um animal”, avalia o tenente Átila Porto.
O tenente lembra que existe um projeto de lei em tramitação no Senado, desde 2011, que busca agravar a pena para quem praticar crueldade contra animais, domésticos ou silvestres.
“Esperamos a aprovação, porque tem aumentado o índice de violência contra os animais e também a forma de crueldade contra os animais. O cachorro, que tem sido vítima das pessoas, aproxima-se com a melhor das intenções, de ser amigo, mas acaba mutilado. O mau trato não é só não ferir, mas é deixar com fome, com sede, exposto ao sol, colocar para brigar ou não cuidar”, concluiu.
Por Diário do Aço/Edição Folha
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