A Polícia Civil apresentou na tarde de terça-feira (24) o resultado da segunda fase da Operação Zênite. O trabalho é desenvolvido em parceria com o poder Judiciário e Ministério Público. O balanço mostra que em onze meses de investigação foram cumpridos 61 mandados judiciais de prisão e 85 de busca e apreensão.
Enquanto, na primeira fase foram presas pessoas envolvidas com o tráfico de entorpecentes em Ipatinga e outras cidades da RMVA, na fase dois a operação foi ampliada para as cidades de Caratinga e Dom Joaquim, há 51 km de Guanhães, onde foram identificadas ramificações de grupos criminosos surgidos no Vale do Aço. Além disso, foram apreendidas cargas de maconha, cocaína, crack, armas e munição.
As explicações foram apresentadas pelo delegado regional de Polícia Civil, Helton Cota. “Na investigação nós identificamos sete células criminosas, todos os seus membros, a sua hierarquia e atribuída a função de cada uma das pessoas dentro dos grupos. Conseguimos prender 95% dos suspeitos e agrupar provas para que o Judiciário condene essas pessoas”, detalhou.
Também integrante da equipe da PC, que atua na Operação Zênite, o delegado Eduardo Vinícius acrescentou que, dos sete chefes dos grupos criminosos, seis estão presos e falta a prisão de um deles, um jovem que comete crimes graves desde que era adolescente. O inquérito já possui cinco mil páginas. “É fruto de um trabalho lento, mas eficiente com relação à coleta de provas”, destacou.
Em Dom Joaquim, foram cumpridos cinco mandados judiciais e presas cinco pessoas apontadas nas investigações como elo com uma célula criminosa de Ipatinga. Para a PC, a célula de Dom Joaquim recebia drogas envidas por um traficante ipatinguense.
Carga
Entre fatos curiosos que marcaram o andamento da Operação Zênite, está o contrabando de uma carga de 115 quilos de maconha, que era trazida em comboio de São Paulo para Ipatinga.
A Polícia Civil mineira já tinha identificado que um grupo criminoso tinha saído de Ipatinga e foi buscar a droga com fornecedores integrantes do PCC, em São Paulo.
“O objetivo do grupo era irrigar a ramificação dos grupos criminosos. Essa é a forma como agem. Trazem no atacado e redistribuem entre ‘gerentes’, depois aos subordinados, até chegar ao usuário final”, concluiu o delegado.
Por Folha com informações Jornal Diário do Aço
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