No mês de aniversário da Lei Maria da Penha, que completou 5 anos, mais uma mulher, que sofria em silêncio, tomou coragem e denunciou seu companheiro nessa segunda-feira (15).
A agressão verbal tornou-se constante na vida de uma auxiliar de enfermagem, de 56 anos, moradora da cidade de José Raydan. Casados há 27 anos, a mulher contou que seu marido, Aparecido Santana, de 59 anos, sempre bebeu, mas que depois que parou de trabalhar, tem ficado cada dia pior. “Todo dia é a mesma coisa, ele chega bicudo e começa a me xingar e nem adianta reclamar”, desabafou.
Mas, nessa segunda-feira foi diferente. A mulher de 56 anos, chegou do trabalho e ao encontrar o marido bêbado, reclamou do seu estado e foi agredida com um soco na sobrancelha. “Nessa hora, ele arregaçou as mangas e disse: é agressão que você quer, é hoje que realizo, e me deu o soco”, lamentou.
A mulher conseguiu revidar devido ao estado de embriaguês do marido, que não satisfeito, correu atrás dela falando palavrões e querendo agredi-la.
Ao saber da agressão, um dos filhos do casal, o enfermeiro, Cleber de Oliveira, chamou a polícia. “Isso não é de hoje, sempre ele agride minha mãe verbalmente, sai, vai para o boteco e fala mal dela na rua. Já o encontrei às 8h da manhã bêbado. Não vi a agressão, mas tenho certeza que ele a agrediu, ela estava com a sobrancelha inchada e muito vermelha ”, protestou.
O esposo Aparecido, alega que nunca agrediu sua esposa, e que só a segurou. Na versão dele, quem bate é ela, sempre quando ele chega bêbado em casa. “Ela é quem me agride e meu filho chama a polícia prá mim? Minha mulher é violenta demais, tem pavio curto, às vezes bebo e chego meio ruim, aí ela me bate”, disse.
A auxiliar de enfermagem ainda contou que essa não é a primeira vez que seu marido a agride. “Há mais ou menos 10 anos ele me agrediu, mas não denunciei nem chamei a polícia porque meus três filhos eram novos e fiquei com medo deles acharem ruim, mas dessa vez resolvi denunciar, prá ver se ele toma jeito”, comentou, reclamando ainda sobre a infidelidade do marido.
Protegida pela Lei Maria da Penha, a mulher representou contra o agressor, que foi preso em flagrante, pois, não pagou a fiança no valor de R$ 2.000,00, arbitrada pelo delegado de plantão, Emerson Morais.
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