A mãe do desaparecido, Neuza Maria Izabel Morais, conta que familiares e amigos distribuem fotos por vários pontos de cidades de toda região.
“Todo lugar que alguém comenta qualquer pista, a gente vai atrás. Já fomos a Peçanha, São João Evangelista e até hoje nada. É sempre alarme falso e só Deus sabe o que estamos passando, porque é ele quem me dá forças para suportar essa dor”, conta a mãe de Ronaldo, conhecido como Batoré.
Investigações
A Polícia já está ciente desse desaparecimento e segundo o Inspetor da Delegacia Regional de Guanhães, Leonardo Abi-Acl, casos como este são raros. “Não temos muitos desaparecimentos na nossa região, mas estamos atentos a qualquer pista para localizarmos o Ronaldo”, diz.
Sobre o sistema de investigações, o inspetor explica que a partir do momento que a informação chega à delegacia, é emitida uma ordem de serviço por parte do delegado e a inspetoria investiga no intuito de localizar. Caso não haja êxito, a equipe continua o trabalho no sentido de conseguir novas informações, mas não com exclusividade.
“Já fizemos um trabalho pelo menos pra saber sobre os últimos momentos dele. Conseguimos várias informações, mas nada que levasse ao paradeiro. As pessoas que beberam com ele na madrugada do desaparecimento, alegam que já estava bastante embriagado e de acordo com o dono de um bar, quando ele foi embora, saiu sozinho”, conta Leonardo Abi-Acl.
Sobre as possibilidades levantadas, o inspetor informou que a princípio foi descartada morte por efeitos naturais, como um mal súbito. “Se fosse o caso, o corpo já teria sido encontrado”, diz complementando ainda que Ronaldo não tinha inimigos e possivelmente não foi vítima de homicídio. “Todo homicídio tem uma motivação. E ele não tinha nada de valor e não fazia mal a ninguém, levava uma vida pacata”.
Apesar de não haver uma equipe empenhada especificamente no caso, Leonardo Abi-Acl garante que o caso não está esquecido. “Não estamos empenhados único e exclusivamente, mas continuamos levantando informações. A gente sempre confere. Até investigamos uma pista de que estaria em Peçanha, mas era outra pessoa”.
Quem tiver informação sobre o paradeiro do servente de pedreiro Ronaldo José Morais, de 34 anos, conhecido como Batoré, deve entrar em contato com a Delegacia Regional de Guanhães, pelos telefones 197 ou 3421-1778.
O dia do desaparecimento
Ronaldo mora com a família num bairro da região central de Guanhães e no dia do seu desaparecimento trabalhou normalmente durante o dia que era uma sexta-feira. Após chegar em casa, tomou banho e saiu.
Ele passou por bares e chegou a beber com um primo, de quem se despediu por volta de uma e meia da madrugada de sábado (30), conforme conta a família.
Depois disso, testemunhas encontradas pela irmã, Regiane Aparecida Morais e pela companheira de Ronaldo, Nizete de Souza Glória, contaram que ele ainda passou por outro bar onde bebeu e saiu por volta das duas e meia da madrugada. Esta é a ultima informação que familiares conseguiram sobre o paradeiro de Ronaldo. (Foto: Samira Cunha)
Por Samira Cunha
Deixe um comentário