Charles foi a júri popular, formado por quatro homens e três mulheres. A audiência durou quase 17 horas e chegou à condenação por 19 anos, sete meses e quinze dias de prisão em regime fechado.
Algumas testemunhas foram dispensadas, mas para acusação foram apresentadas o delegado que iniciou as investigações, Emerson Morais, e um dos apontados como ajudante de Charles na escavação do buraco onde foi escondido o corpo. Já na defesa, quatro pessoas foram apresentadas.
O réu, como já era esperado, confessou o crime alegando que estaria sendo pressionado pela vítima para assumir uma suposta gravidez. Na época, o casal já tinha um filho de seis meses de idade. O segundo filho seria, de acordo com depoimentos, uma alternativa de Raquel para ter de volta o namorado que já estava noivo de outra moça.
Já no final da sessão, Charles chorou muito. A defesa do réu comentou com a reportagem da Folha de Guanhães que achou desnecessária a apresentação das fotos do corpo da vítima logo que foi encontrado e desenterrado. A apresentação foi feita pela promotoria, e para a defesa, a família já teria sofrido com o que passou e não precisaria ver as cenas que poderiam ter sido mostradas apenas para o corpo de jurados. A defesa teria recebido a informação de que a mãe de Raquel saiu passando mal após ver as imagens da filha morta.
Ainda de acordo com a defesa, será feito pedido de recurso após leitura da cópia do processo para saber qual a melhor medida.
Por Samira Cunha
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