Jailson Alves de Oliveira, uma das testemunhas do caso envolvendo o desaparecimento e a morte de Eliza Samudio (ex-amante do goleiro Bruno Fernandes), prestou esclarecimentos nesta semana (25/09), na Vara de Execuções Criminais do Fórum de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, sobre sua fuga do Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) São Cristóvão, na capital. Ele disse ao juiz que recebeu dinheiro de um policial civil para deixar a unidade, em julho deste ano.
A quantia recebida por Oliveira que consta no processo é de R$ 50. No entanto, apenas o primeiro nome do investigador foi divulgado: José.
Segundo o advogado de Oliveira, Ângelo Carbone, o objetivo desse policial que facilitou a fuga era ajudar Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, que também está preso acusado de matar Eliza. "Em síntese, o policial civil queria que Jailson mudasse a sua versão sobre o que Bola havia dito (na cela, revelando um plano de matar cinco pessoas ligadas ao caso) ou fugisse dando-lhe dinheiro. Se ele ficasse, morreria junto com a esposa. Com medo, desesperado e temendo ser morto, Jailson fugiu depois que abriram a porta da frente da penitenciária", afirmou o defensor.
Oliveira disse, na audiência, conforme o advogado, que foi obrigado a fugir e só o fez por temer as mortes dele e da mulher. "Durante a recaptura, ele ainda foi agredido a mando de um sargento", disse Carbone.
Em nota, a Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi) afirma que não possui registro de ameaças praticadas por supostos policiais enquanto Jailson esteve detido no Ceresp São Cristóvão.
O caso
Oliveira fugiu da unidade prisional no dia 17 de julho, quando realizava um serviço de pintura em uma das salas da unidade. Ele foi recapturado cerca de 12 horas depois, próximo à cidade de São João Evangelista.
Com informações Portal Super Notícia
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