Entre o ensinamento de uma posição e outra e as orientações de um mestre de grandes vitórias, alunos do Team Alexandre Xuxa Renzo Gracie Jiu-Jitsu puderam conhecer um pouco mais sobre a “Arte Suave”, conhecida como Jiu-Jitsu. (Foto: Nara Generoso)
(Fotos: Paula Magalhães)
O aprendizado foi adquirido na tarde de sábado (15), no Ginásio Poliesportivo, em um seminário com o mestre Jacson Moura, de Governador Valadares, tetra campeão Sulamericano, tetra campeão Panamericano e tri campeão mundial de Jiu-Jitsu. A todo o momento, olhares atentos dos alunos para não perder nenhum detalhe dos ensinamentos. Logo em seguida, a posição aprendida, era colocada em prática.
“O objetivo desse seminário é o aluno se atualizar, conhecer regras e técnicas novas do Jiu-Jitsu que está sempre mudando e fica cada vez mais dinâmico. Saber o que se pode fazer, o que não podia e agora voltou a poder, enfim, enriquecer o esporte em Guanhães”, explicou Jackson.
Durante o evento, o mestre Jacson Moura concedeu uma entrevista à reportagem da Folha, contado sobre o Jiu–Jitsu e sua trajetória no esporte.
FOLHA: Como se envolveu com o Jiu-Jitsu?
JACKSON: “Eu me envolvi com o Jiu-Jitsu quando eu fui servir o Exército, no Espírito Santo. Eu treino Judô desde criança, nasci dentro do tatame, e pra quem não sabe é uma arte irmã do Jiu-Jitsu. Aí fui convidado a assistir uma aula e achei muito parecido com o judô. Comecei a treinar, comecei a competir e a mandar bem e fiquei encantado e estou até hoje disputando competições, conquistando títulos.”
FOLHA: Qual sua relação com o mestre Xuxa?
JACKSON: “O Alexandre foi meu aluno desde a faixa branca, depois de pegar a faixa roxa foi para os Estados Unidos conheceu o Renzo Gracie, lá pegou a faixa marrom e preta e retornou. Agora vamos unir o laço que foi desfeito quando ele foi, e retomar como era antes, continuar disputando competições, treinando juntos, está sempre aqui dando suporte, atualizando as técnicas para ele e seus alunos”.
FOLHA: Como você lida com as derrotas?
JACKSON: “Graças a Deus tem muito tempo que não perco, mas a gente aprende no Jiu-Jitsu a lidar com isso, a ser um campeão dentro do tatame e saber que nem sempre a gente ganha. Não é pra todos, mas eu sempre encarei a derrota como uma coisa boa, refletiu num ponto positivo. Quando perdia a competição, voltava e treinava mais para poder superar aquele adversário para quem eu perdi, e fui conquistando meu espaço desse jeito. Se não tivesse tido as derrotas que eu tive, não estaria onde estou hoje”.
FOLHA: O que é fundamental para participar do Jiu-Jitsu?
JACKSON: “Várias coisas são fundamentais. Ter boa conduta, no caso das crianças ser boa na escola, em casa. O Jiu-Jitsu na verdade não é você ser um bom lutador, é você ser uma boa pessoa”.
FOLHA: Muitas pessoas referem-se ao Jiu-Jitsu como um esporte violento. O que você tem a dizer a respeito?
JACKSON: “Infelizmente eles carregam esse pré conceito e somos nós mesmo que vamos mudar isso. Cabe a nós, as novas gerações que vão ser futuros faixas pretas mudar essa mentalidade, porque não tem nada a ver. Existem vários tipos de Jiu-Jitsu, de academias, professores, e temos aqui Graças a Deus o Xuxa que tem seguido essa linha de disciplina, de conduta. Então, eu acho que o mais importante numa academia é trabalha essa linha pra mudar esse preconceito. A gente não prega violência".
Team Alexandre Xuxa
Com mais de 100 alunos, entre mulheres e homens, de diversas faixas etárias, o Team Alexandre Xuxa Renzo Gracie Jiu-Jitsu completa um ano em Guanhães, e com todos os benefícios da luta, tem conquistado os adeptos.
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