Diante das baixas coberturas vacinais, o Ministério da Saúde inicia no dia 3 de abril uma mobilização para incentivar a imunização contra o HPV de meninas na faixa etária entre 9 e 13 anos. A meta é de que pelo menos 80% do público-alvo seja vacinado com o produto, que protege contra quatro subtipos do vírus (6, 11, 16 e 18) e tem 98% de eficácia.
Em Guanhães, de acordo com o setor de vigilância epidemiológica, a vacina HPV já faz parte da rotina e não é realizada mais uma campanha específica para ela. Segundo a coordenadora do setor, Neusa Mendes, o que é realizado é a busca ativa das meninas já vacinadas com a primeira dose há 6 meses atrás, para a finalização de seu esquema vacinal, com a aplicação da 2ª e última dose.
Neusa afirma que com o novo calendário vacinal de 2016, a vacina HPV passou a ser aplicada em apenas 2 doses, ou seja, de acordo com ela, as meninas já vacinadas com 1ª e 2ª doses já encontram-se com o esquema completo.
“Pedimos apenas que os pais fiquem atentos ao cartão vacinal de suas filhas de 9 a 13 anos, para garantir que a vacina esteja em dia, pois isso trará mais proteção contra o vírus HPV e consequentemente a diminuição nos números futuros do câncer de colo de útero”, salientou a coordenadora.
Baixa cobertura da vacina
A baixa cobertura vacinal foi identificada sobretudo no ano passado, com rumores de que a vacina teria graves efeitos colaterais. "Isso já foi desmentido. Ela é segura, eficaz", afirmou o secretário de Vigilância em Saúde, Antonio Carlos Nardi.
A vacina deve ser usada somente para pessoas que nunca se infectaram com HPV. O vírus, transmitido por via sexual ou da mãe para o bebê, durante o parto, é considerado como um fator de risco para o câncer de colo de útero, vulvar, vaginal e anal.
Dados da Organização Mundial da Saúde indicam que 290 milhões de mulheres no mundo têm HPV. Os subtipos de vírus mais frequentes são os 16 e 18 - que, por sua vez, são considerados como de alto risco para desenvolvimento do câncer.
A estimativa é de que 16 mil novos casos de câncer de útero sejam registrados em 2016. Esse é o terceiro tipo de câncer mais frequente entre mulheres brasileiras.
Por Folha com Agência Brasil
Foto: Reprodução Internet
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