A Semana Mundial de Luta contra a Hanseníase ocorre sempre na última semana de janeiro. Ainda cercada por preconceitos, a doença é fácil de diagnosticar, tem cura e tratamento gratuito por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).
Em geral, os primeiros sintomas surgem como manchas brancas, vermelhas ou marrons em qualquer parte do corpo, somadas à alteração na sensibilidade do indivíduo à dor, ao tato e à percepção do quente e do frio. Áreas dormentes também podem aparecer, especialmente nas extremidades, como mãos, pernas, córneas, além de caroços, nódulos e entupimento nasal.
O diagnóstico da doença é feito na Unidade Básica de Saúde (UBS), onde a equipe de saúde poderá examinar o paciente e já iniciar o tratamento. Vale ressaltar que, imediatamente após iniciar o tratamento, que dura entre seis a doze meses, o paciente já não transmite mais a doença para as pessoas com quem convive, mesmo os doentes da forma contagiosa, que correspondem a cerca de 30% do total de casos diagnosticados.
Com relação à transmissão, é difícil identificar como se deu o contágio, uma vez que a hanseníase tem um período longo de incubação e a pessoa pode ficar anos sem apresentar sintomas. Ou ainda, ficar com a mancha ou outros sintomas e simplesmente não dar importância. Justamente por isso é que toda a população e profissionais de saúde devem ficar atentos aos sinais da hanseníase, para que um diagnóstico precoce possa ser feito.
A melhor maneira de prevenir a hanseníase é tratando os casos existentes. Afinal, após início do tratamento o paciente não transmite mais a doença para as pessoas com quem convive, mesmo sendo a forma contagiosa.
Como parte do controle da doença, uma vigilância dos familiares e pessoas próximas dos pacientes é feita. Além disso, devem ser vacinados com BCG todos os contatos domiciliares após rigoroso exame da pele e nervos e orientações sobre a doença. É importante lembrar, ainda, que o paciente em tratamento deve ter sua vida conduzida sem alteração, ou seja, manter suas atividades escolares, profissionais, sociais, culturais, religiosas e familiares.
Plano de Enfretamento da Hanseníase em Minas Gerais
A Coordenação Estadual de Dermatologia Sanitária da SES-MG elaborou o Plano de Enfretamento da Hanseníase em Minas Gerais – 2018-2021, em parceria com vários atores, especialmente junto à Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais.
O objetivo é propor a criação de políticas públicas para o enfrentamento da hanseníase no estado. O plano é composto por cinco eixos de intervenção: Vigilância Epidemiológica; Rede de Atenção à Saúde; Educação Permanente e integração ensino/serviço; Educação em Saúde, Mobilização Social e Cidadania; Gestão, monitoramento e avaliação.
A melhoria da informação e do acesso ao diagnóstico, tratamento, prevenção e reabilitação de incapacidades, nos diferentes níveis de atenção é compromisso de todos para a assistência integral, adequada e oportuna à pessoa com hanseníase.
Por Folha com informações Agência Minas
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