Nos quatro primeiros meses do ano, Minas registrou 435 casos de caxumba, uma média de 108 ocorrências por mês. Isso, somado ao fato de que, no ano passado, o Estado registrou o maior número de contaminações da doença nos últimos nove anos (3.502) e aos seguidos surtos registrados no Estado vizinho de São Paulo, está deixando as autoridades de saúde mineiras em alerta.
A preocupação é reforçada, segundo especialistas, pela proximidade do inverno e pelo fato de que a vacina, única forma de prevenção ao vírus, não tem sido usada como deveria.
Segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES), o aumento dos casos de caxumba – caracterizada pelo inchaço das glândulas salivares – se evidenciou nos últimos dez anos. A doença, que é transmitida por via aérea, se manifesta geralmente na forma de surtos em épocas de frio, quando as pessoas costumam ficar em ambientes fechados.
A prevenção se resumia, até 2004, a uma dose de vacina. “Diante do aumento de casos, ficou evidente que uma única dose não é suficiente para alcançar altos níveis de proteção, o que levou a uma mudança no calendário de vacinação”, explicou a pediatra Regina Coeli Rodrigues, da Coordenação de Imunização de SES.
Desde então, duas doses precisam ser aplicadas em crianças – aos 12 e 15 meses de idade. Jovens e adultos que não foram vacinados na infância devem ser imunizados. “Fica evidente que as pessoas, em especial os adultos, não procuram as unidades de saúde para se vacinar”, afirmou Regina.
Segundo a especialista, o aumento de surtos em São Paulo – 99 apenas neste ano, conforme a Secretaria de Estado de Saúde do Estado – é motivo de “alerta para avaliação das coberturas vacinais” nos municípios de fronteira.
Por O Tempo
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