Duas novas suspeitas de febre maculosa em Belo Horizonte acenderam o alerta no sistema de saúde do estado, que decidiu reforçar dicas de prevenção contra a doença.
Somente este ano, Belo Horizonte soma 17 notificações de febre maculosa brasileira. Na última segunda-feira (12) exames confirmaram a morte de um menino de 10 anos, por causa da doença.
Nesse fim de semana, dois homens foram internados na capital com sintomas da febre e um deles relatou ter tido contato com cavalos, um dos hospedeiros do carrapato-estrela, em Guanhães.
De acordo com a coordenadora do Setor de Vigilância Epidemiológica de Guanhães, Neusa Mendes, esse paciente é guanhanense, e ele também esteve em Baguari e outras cidades próximas, portanto não é certo que ele tenha sido infectado aqui, caso a doença seja confirmada.
Ainda segundo a coordenadora, a última notificação de febre maculosa no município de Guanhães ocorreu no ano de 2012 e mesmo assim o resultado foi inconclusivo. Antes disso, em 2004, quatro casos foram notificados no Hospital Regional Imaculada Conceição, porém todos eles vieram de São João Evangelista ou Peçanha.
Febre Maculosa
A Febre Maculosa Brasileira (FMB), transmitida ao ser humano por meio da picada do carrapato-estrela infectado pela bactéria Rickettsia rickettsii, é uma doença grave e, se não tratada logo no início do aparecimento dos sintomas, pode levar à morte.
A doença, que apresenta casos registrados em áreas rurais e urbanas, se manifesta de forma aguda por meio de sintomas como febre alta, dor de cabeça, dores no corpo, mal estar, náuseas, vômitos e, em alguns casos, podem surgir manchas avermelhadas na pele, principalmente na palma das mãos e planta dos pés.
Segundo a referência técnica do Programa da Febre Maculosa Brasileira da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), Bruna Dias Tourinho, alguns cuidados são importantes para prevenção da doença.
“É importante que a população esteja atenta para a vistoria frequente do corpo quando exposta a ambientes favoráveis à infestação ou presença de carrapatos, como áreas rurais, matas, cachoeiras, pasto sujo, áreas com presença de animais domésticos ou silvestres, parques, beira de rios e lagoas”, explica.
Por Folha com Agência Minas
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