Diante do atraso na confirmação de casos de microcefalia e da demora na concessão de benefício de um salário mínimo para crianças com a má-formação nascidas em famílias de baixa renda, o governo federal lança nesta terça-feira, 15, plano para reduzir a espera. Ele prevê repasses de R$ 10,9 milhões aos Estados.
Os recursos extras serão usados num plano que prevê identificar e localizar bebês com suspeita da doença, levá-los a centros de diagnóstico e, se necessário, achar hospedagem até que todos os exames sejam feitos. Os recursos serão destinados segundo o número de casos suspeitos.
Assim, Pernambuco, o Estado com maior número de casos em investigação (1.455), vai receber a maior fatia: R$ 3,2 milhões. A confirmação dos casos é o primeiro passo para que o benefício, previsto em lei, seja concedido para as crianças.
Simultaneamente, o Instituto Nacional do Seguro Nacional (INSS) inicia uma força-tarefa para tentar dar vazão ao acúmulo de pedidos do Benefício de Prestação Continuada já feitos. A estimativa é de que tenham sido agendados pelo menos 2 mil pedidos do benefício para crianças de até um ano.
Não há como saber quanto desse total foi feito por representantes de crianças com microcefalia, muito menos quantos casos têm relação com zika.
Para integrantes do INSS, no entanto, uma coisa é certa: pedidos feitos nessa faixa etária aumentaram de forma significativa nos últimos meses. O crescimento estaria ligado à explosão de casos de microcefalia.
O mutirão foi feito em quatro capitais com mais registros suspeitos da má-formação: Fortaleza, Salvador, Recife e São Luís. Não há um balanço sobre quantos casos foram resolvidos, mas a intenção é repetir a iniciativa nas próximas semanas.
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