O Brasil pode ter o primeiro genérico do medicamento norte-americano Truvada, que previne contaminação pelo vírus HIV, causador da aids, e que atualmente é importado pelos brasileiros a um custo elevado. O Ministério da Saúde também importa componentes do Truvada para distribuição pelo Sistema Único de Saúde (SUS), de acordo com a assessoria de imprensa do órgão.
O genérico foi desenvolvido pela empresa brasileira Blanver, integrante do grupo de indústrias farmacêuticas que firmaram Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDPs) com o Ministério da Saúde.
Segundo as PDPs, a indústria desenvolve a tecnologia de medicamentos e tem prazo de cinco anos para transferir essa tecnologia para a Fundação Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz). No fim desses cinco anos, a Fiocruz domina o processo e passa a fornecer diretamente para o ministério.
Formulação
A Blanver entrará com o pedido de registro do genérico do Truvada na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) nos próximos dias, informou hoje (5) o presidente-executivo (CEO) da empresa, Sérgio Frangioni. No momento, o dossiê sobre o genérico está sendo finalizado.
O remédio é composto por dois princípios ativos (Entricitabina e Tenofovir). Quando tomado diariamente, ele reduz o risco de a pessoa contrair o vírus. A fabricação do genérico no Brasil, com o registro da Anvisa, pode reduzir esse valor para um custo mensal de US$ 100 ou cerca de R$ 350 mensais.
Prevenção
Parte do medicamento genérico deverá ser distribuída pelo SUS e parte será destinada a pacientes fora do SUS. A expectativa é que a Anvisa defina o registro ao genérico em menos de um ano.
O novo medicamento não pretende substituir os métodos de prevenção já estabelecidos, mas se somar aos métodos existentes, como a camisinha masculina e feminina e os testes de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs).
Por meio da assessoria, o Ministério da Saúde informou que ainda não há pedido de incorporação do medicamento genérico do Truvada no órgão. A Anvisa disse que aguarda a entrada do pedido de autorização da indústria farmacêutica para avaliação.
Por Agência Brasil/edição Folha
Deixe um comentário