Uma mineira da cidade de Santa Maria do Suaçuí está sofrendo com a falta de um medicamento que deveria ser fornecido por pelo Governo Federal.
A dona de casa Maria Eunice Santos Nascimento, 45, é portadora de carcinoma medular da tireoide - um tipo de câncer raro e com poucas chances de cura. Para sobreviver ela precisa de um remédio chamado Calpresa que retarda o câncer. No entanto, ela não está recebendo a medicação e não tem condições de comprá-lo, já que o remédio custa R$ 23 mil.
“Em novembro do ano passado pararam de me fornecer a medicação e estou há seis meses sem fazer o uso do Caprelsa que estava sendo muito eficaz no meu caso, mantendo a doença estabilizada e sem progredir. Mas nestes seis meses a doença já mostra sinais de progressão, mercadores tumorais aumentaram e exames de imagens mostram aumento das lesões ósseas e hepáticas. Sinto dores fortes nos ossos da coluna lombar, torácica, bacia e crista ilíaca”, relata Maria.
Maria Eunice descobriu a doença em 1998, quando começou a luta contra o câncer. Ela chegou a fazer nove cirurgias, radioterapia e quimioterapia. Tratamentos que não foram muito eficazes, no entanto, era o que dava para fazer no momento, já que o medicamento Calpresa não era aprovado no Brasil. “Em 2014 o medicamento foi liberada no Brasil, entrei com liminar na Justiça Federal onde a juíza me deu ganho de causa por antecipação de tutela e passei a receber a medicação pelo Estado”, destaca Maria.
Maria conta que, quando estava fazendo uso do remédio, a doença estava sofrendo regressão e que ela entrou na Justiça novamente para receber o medicamento. “A juíza já deu o despacho, já fixou multa diária, mas a União ainda não cumpriram o mandato. ”, conclui.
Sem reposta
O Governo Federal foi procurado pela reportagem de O TEMPO, por meio da assessoria do Ministério da Saúde, por e-mail nesta segunda-feira (5), porém até a tarde desta terça-feira (6) ainda não tinha dado resposta sobre o caso.
Por O Tempo/Edição Folha
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