No último dia 10 de maio a Rede Globo veiculou uma reportagem no Jornal Nacional a respeito de uma investigação do Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES) sobre a venda de diplomas para quem queria trabalhar como professor em oito estados.
Na matéria divulgada em rede nacional a Controladora da Prefeitura de Rio Bananal (ES), Mauricéia Dalbem, mostra 27 irregularidades encontradas em Processos Seletivos para a contratação de professores, uma delas envolvendo uma instituição de Virginópolis.
De acordo com o MPES, o que acontece em Rio Bananal é só parte de um esquema muito maior. Organizações criminosas agem sistematicamente concedendo de maneira irregular, certificados e diplomas.
Durante a reportagem, a dona do diploma da Instituição de Virginópolis, Maria das Graças Lopes Gava, que chegou a ser presa e responde em liberdade no processo de falsidade ideológica, concedeu uma pequena entrevista. Ela tinha um diploma de segunda licenciatura de história.
Maria das Graças afirmou que não fez nenhuma aula e contou que trabalhou para conseguir documentos como esse para outras pessoas. Ela era sócia de um Instituto de Ensino. Esses Institutos, de acordo com a investigação, estão no meio do esquema criminoso, que funciona da seguinte forma: o Instituto reúne as pessoas interessadas em certificados e diplomas, depois adquirem esses documentos em faculdades envolvidas no esquema. A partir daí, os Institutos vendem os diplomas para os alunos e repassam parte do dinheiro para as faculdades.
Para os diplomas de segunda graduação, os Institutos cobravam em torno de R$ 5.000 e passavam cerca de R$ 2.000,00 para as faculdades. Documentos, assinaturas e selos de autenticidade foram apreendidos na sede de um desses estabelecimentos.
RESPOSTA
Em resposta às acusações feitas durante a reportagem, o Iseed Faved Faculdades emitiu uma nota, que foi lida na noite dessa terça (14) durante a Abertura da 16ª Jornada Acadêmica, evento realizado anualmente pela Instituição.
Mesmo após a leitura da nota os alunos matriculados na Faculdade, insatisfeitos com as informações, formularam um documento solicitando mais esclarecimentos.
A reportagem da Folha também conversou ao vivo durante o Jornal da Folha desta quarta (15) com a Diretora do Iseed, Professora Fátima Mesquita, que afirmou que a Instituição já tinha conhecimento do caso desde o ano passado e que o jurídico já está tomando todas as medidas, uma vez que trata-se de falsificação de documentos. “Ficamos chateados com a notícia, mas estamos tranquilos. Agora cabe aos órgãos competentes tomar as devidas providências. Peço aos alunos que leiam com atenção a nota e que fiquem tranquilos. ”
Por Folha
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