Não são apenas os moradores de Guanhães que estão sofrendo com a falta de água. Em Conceição do Mato Dentro, a situação também está grave. As reclamações são antigas na cidade que, ironicamente, tem a terceira maior cachoeira do Brasil.
Desde junho de 2000, a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), obteve a concessão exclusiva, por 30 anos, para implantar, administrar e explorar o abastecimento de água e o esgotamento sanitário do município. O serviço, no entanto, tem gerado questionamentos diariamente e agora pode chegar às vias judiciais.
A Prefeitura Municipal de Conceição do Mato Dentro preparou uma notificação judicial dando um ultimato à Copasa e anuncia que, caso não entrem em acordo num prazo de 30 dias, o município entrará com uma ação para cessar a concessão e solicitará uma multa por quebra de contrato.
Em um documento com várias páginas e anexos com fotos, o procurador Geral do Município, Luiz Edson Bueno Guerra, narra todos os fatos e propõe uma indenização de R$ 5 milhões a ser paga ao município.
Na notificação, o procurador relata que os funcionários da empresa são bons profissionais, mas não têm a mínima estrutura para resolver pequenos problemas. “A empresa é centralizadora e não permite que colaboradores locais e regionais tenham poder de gerenciamento e planejamento”, descreve. O documento ainda cita que quando ocorre a falta de água a empresa não tem uma bomba reserva, não tem plano emergencial e nem gerador de energia, “o que leva a gastar vários dias para corrigir um problema mínimo”.
Além da falta de água constante, as reclamações dos conceicionenses também giram em torno de obras nas redes sem reparação imediata e da qualidade do fluído. Nos fins de semana e feriados, períodos que a Capital Mineira do Ecoturismo recebe uma maior quantidade de visitantes, a situação fica ainda pior.
Por Defato Online/Edição Folha
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