A explosão de um dos gasômetros da Usiminas, que deixou 34 pessoas feridas no dia 10 de agosto, foi causada por falha técnica de equipamento. De acordo com a informação divulgada em coletiva de imprensa no começo da noite de sexta-feira (17), uma falha no Controlador Lógico Programável, uma espécie de computador, permitiu que uma válvula ficasse aberta, deixando entrar ar atmosférico nos dutos que dão acesso ao gasômetro de 150.000 m³, o que não poderia ocorrer em hipótese alguma, segundo a direção da siderúrgica.
Segundo o diretor-executivo da Usiminas, Roberto Maia, dentro do gasômetro, o ar atmosférico se misturou com o gás LDG (Linz Donawitz Gás), que é produzido de forma inevitável durante o processo de transformação do ferro gusa em aço, o que ocorre no setor da Aciaria da empresa. Somados ao centelhamento produzido pelo precipitador eletrostático, equipamento essencial no processo de filtragem do ar, deu-se início à chama que gerou a explosão.
Ainda de acordo com o diretor-executivo, o gasômetro armazenava o gás LDG produzido nos altos-fornos da Aciaria para a sua recuperação em outros processos da empresa. Porém, desde a explosão, 100% do gás gerado está sendo enviado para a queima, e por enquanto o gás LDG utilizado nos outros processos está sendo substituído por gás natural.
Roberto Maia assegurou que outros dois acidentes: a morte de um empregado no dia 08; e o acidente que acarretou na amputação do braço de um outro empregado no dia 13 de agosto, ambos dentro da usina em Ipatinga, não possuem nenhuma relação com a explosão do gasômetro. Ele informou ainda que esses acidentes continuam em processo de investigação.
Por G1
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