Com o objetivo de valorizar e promover o modo de vida e os direitos das comunidades da região, será realizado nos dias 21 e 22 de junho o 1º Festival dos Apanhadores e Apanhadoras de Flores Sempre-Vivas, em Diamantina. O evento ocorrerá na Praça Barão de Guaicuí e no Centro Cultural David Ribeiro (Mercado Velho).
Para mostrar o seu trabalho no 1º Festival, são esperados cerca de 300 apanhadores de flores de toda a região da Serra do Espinhaço Meridional de Minas Gerais. Haverá o lançamento e exibição de um documentário sobre o modo de vida tradicional dos apanhadores de flores sempre-vivas, além de mostra fotográfica, feira com produtos artesanais das comunidades e uma série de apresentações culturais.
As flores sempre-vivas são coletadas por comunidades tradicionais autodefinidas como “apanhadores de flores sempre-vivas”. Organizadas em comunidades rurais (algumas delas quilombolas), esses grupos possuem um modo de vida baseado no manejo e uso de diversos ambientes da Serra do Espinhaço Meridional, onde realiza atividades de cultivo de roças, criação de animais e coleta de flores sempre-vivas de forma tradicional.
DOSSIÊ PARA CERTIFICAÇÃO INTERNACIONAL
O sistema agrícola tradicional dos/as apanhadores/as de flores sempre-vivas foi selecionado para a primeira candidatura brasileira ao programa de reconhecimento de “Sistemas Importantes do Patrimônio Agrícola Mundial” – SIPAM (ou GIAHS, na sigla em inglês) da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura – FAO/ONU.
O ponto alto do inédito Festival será o ato de entrega do dossiê da primeira candidatura brasileira ao programa SIPAM/FAO. Nesse momento, que ocorrerá no dia 21/06 às 14h, os apanhadores de flores sempre-vivas e o grupo de trabalho envolvido entregarão o dossiê de candidatura ao representante da FAO no Brasil.
A candidatura ao programa da FAO/ONU é uma iniciativa da Comissão em Defesa dos Direitos das Comunidades Extrativistas (Codecex), organização social que representa regionalmente as comunidades apanhadoras de flores sempre-vivas, com o apoio de pesquisadores parceiros.
Por ASCOM Diamantina/Edição Folha
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