A morte de pelo menos três pessoas arrastadas por uma tromba d'água em uma cachoeira no sul de Minas na última quarta-feira (01), serve de alerta sobre os perigos de visitar rios e cachoeiras durante o verão, um programa muito comum entre os moradores de Guanhães e região.
As trombas d'água costumam ocorrer quando chove na cabeceira (nascente) de um rio, ampliando rapidamente seu fluxo. O nível das águas pode subir vários metros em poucos segundos, como uma espécie de tsunami dos rios. As chances de ocorrência aumentam no período chuvoso, que coincide com o verão.
Muitas vezes, as pessoas são surpreendidas pelas correntezas ao se banhar a vários quilômetros abaixo das cabeceiras, sem que haja qualquer sinal de chuva no local onde estão. Por isso, segundo o Corpo de Bombeiros, é preciso ficar atento à presença de nuvens na parte alta dos rios.
Se o clima está fechado em cima, mesmo que embaixo faça sol, já há grandes possibilidades de chegar uma tromba d'água. Nesse cenário, os banhistas devem sair do rio imediatamente. Ainda de acordo com os especialistas, às vezes, é possível ouvir o barulho causado pela tromba d'água instantes antes de sua chegada.
Sinais de troma d'água
A presença de folhas secas ou outros materiais flutuantes no rio é outro indício de que uma cabeça d'água possa estar a caminho, de acordo com o biólogo Fernando Tatagiba. “Normalmente é possível antever o fenômeno. Porém, como seus indícios são sutis e há pouco tempo para reagir, deve-se manter plena atenção durante a visita a esses locais”, afirma.
O especialista recomenda que, ao entrar no rio, o banhista localize pedras que lhe permitam marcar mentalmente o nível das águas. "Se perceber que a pedrinha ou o nível de referência sumiu, acompanhado de uma possível turbidez da água, tem que sair imediatamente de perto do rio, buscando um local mais elevado."
Locais mais sujeitos a trombas d'água
Os lugares mais sujeitos a trombas d'água mortíferas são trechos do rio com encostas íngremes e afastados das nascentes, onde o nível da água tende a subir mais com o aumento da vazão. Já locais próximos às cabeceiras tendem a ser menos perigosos.
Por Folha com Informações G1
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