Uma das integrantes da Comissão é do distrito do Quilombo, em Sabinópolis, e explica o Projeto. Conheça também as comunidades de Guanhães
Nesta semana a professora Quilombola do distrito do Quilombo em Sabinópolis, Daianne Lopes, entrou em contato com a reportagem da Folha para divulgar um trabalho relevante, feito por ela e outros membros da equipe da Comissão Organizadora do Mapeamento de Servidores Quilombolas do Estado de Minas Gerais. A iniciativa partiu de uma classe de professores da comunidade e recebeu apoio do Conselho Comunitário de Segurança Pública.
De acordo com Daianne, o mapeamento visa identificar e levantar esses profissionais de norte a sul do Estado, para futura discussão nos âmbitos de políticas públicas, uma vez que as Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica definem que a Educação Escolar Quilombola requer pedagogia própria: respeito às especificidades étnico-racial e cultural de cada comunidade; formação específica de seu quadro docente, além de materiais didáticos e paradidáticos específicos.
A professora informou que hoje há mais de 500 servidores inscritos, mas ainda faltam muitos. “Estamos lutando para que todos possam fazer esse mapeamento. Por isso precisamos de parceiros que nos apoiam e ajudam na divulgação do nosso trabalho.”
Comunidades Quilombolas – Guanhães
Na tarde dessa quinta-feira (27) a reportagem da Folha também conversou com uma das lideranças da comunidade Quilombola em Guanhães, Geysiane Avelar, que contou um pouco sobre os avanços após a certificação.
De acordo com ela, as comunidades ficam situadas na Barreira de Baixo e Córrego Valadão, e foram certificadas a pouco tempo pela Fundação Palmares. “Começamos o processo de certificação em 2016, mas só em fevereiro deste ano fomos certificados. São 62 famílias na Barreira, sendo 168 pessoas que vivem dentro da comunidade, maiores que 18 anos. Já no Córrego Valadão, são 5 famílias, sendo 11 pessoas que se auto identificaram e vivem dentro da comunidade”, afirmou.
Geysiane contou que apesar do pouco tempo de certificação, os avanços foram grandes: “conseguimos levar internet rural à comunidade Valadão com a Lei Aldir Blanc, vacinas contra a covid para as duas comunidades; e além disso, a Cemig realizou trocas de lâmpadas e contemplou duas famílias com geladeiras novas, que serão entregues na próxima terça (01)”, disse.
Geysiane procurou pela reportagem da Folha, pelo fato de as comunidades serem muito pouco conhecidas, bem como os Projetos que estão sendo desenvolvidos por lá.
Imagem: Enviada por Daianne Lopes
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