Em Guanhães moradores tem relatado maior aparição de escorpiões, aranhas e cobras
Há alguns dias uma moradora de Guanhães entrou em contato com a reportagem da Folha, relatando ter sido surpreendida com três escorpiões na Praça em frente à Catedral; um deles estava subindo na lateral do banco. Nesta semana, uma outra moradora, contou que tem deparado frequentemente com cobras em seu bairro, Nova Zelândia – próximo ao Santa Tereza. As aranhas também não ficam para trás e tem feito parte do cotidiano do guanhanense.
A maior presença desses animais nesta época do ano se deve ao período chuvoso quente, quando os animais costumam sair de seu habitat e procurar abrigo nas casas ou próximo a elas, o que torna os acidentes mais frequentes. Dependendo do tipo do animal e do tempo para atendimento médico adequado, alguns casos podem ser fatais.
Dados da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) registram, desde 2018, o número total de acidentes por animais peçonhentos ultrapassa 243 mil casos, com média de 48.750 notificações por ano. Em 2022, até o mês de novembro, foram registrados 37.998 acidentes. Os casos envolvendo escorpiões representam mais de 70% do total das 243.716 ocorrências registradas entre 2018 e outubro de 2022.
Também entre 2018 e 2022, foram registrados 336 óbitos no estado. Os principais animais relacionados aos óbitos ocorridos nesse período são escorpiões (177 casos) e serpentes, responsáveis por 71 óbitos.
Em caso de acidentes com qualquer animal peçonhento, a orientação é procurar o mais rápido possível atendimento médico na Unidade Básica de Saúde mais próxima, para avaliação correta do tratamento adequado ao paciente, se é indicada a administração de soro e qual o tipo de soro recomendado.
Com o objetivo de alertar para as medidas de prevenção, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) recomenda uma série de cuidados, que podem reduzir a presença desses animais e, consequentemente, as chances de acidentes.
- Não colocar as mãos em tocas ou buracos na terra, ocos de árvores, cupinzeiros, entre espaços situados em montes de lenha ou entre pedras. Caso seja necessário, use um pedaço de madeira, enxada ou foice;
- Não mexer em colmeias e vespeiros. Caso estes estejam em áreas de risco de acidente, contatar a autoridade local competente para a remoção;
- Inspecionar roupas, calçados, toalhas de banho e de rosto, roupas de cama, pano de chão e tapetes, antes de usá-los;
- Olhar com atenção o local de trabalho e caminhos a percorrer;
- Caso encontre um animal peçonhento, afaste-se com cuidado e evite assustá-lo ou tocá-lo, mesmo que pareça morto. Procure a autoridade de saúde local para orientações. Em Guanhães, é a Vigilância Epidemiológica – 3421-2103.
O que fazer em caso de ocorrência de acidentes com animais peçonhentos?
- Procure atendimento médico imediatamente na unidade de saúde mais próxima;
- Mantenha o acidentado em repouso, deitado e com o membro acometido elevado em relação ao resto do corpo, enquanto aguarda por socorro. A vítima deve evitar correr ou se locomover por meios próprios;
- Lave o local do acidente com água e sabão, apenas;
- Não tente sugar o local com a boca para extrair o veneno ou amarrar o membro acidentado. Não aplique algum tipo de substância (como álcool, pó de café, ervas, terra, querosene ou urina) no local da ferida. Tais procedimentos não têm efeito sobre o veneno e só aumentam o risco de infecções;
- Procure atentar para a cor e o tamanho do animal causador, pois suas características podem auxiliar no diagnóstico e no tratamento do agravo.
Por Folha com informações Agência Minas
Fotos: Enviadas por Internautas
Deixe um comentário