Nas últimas semanas alguns moradores de bairros centrais de Guanhães relataram um grande aumento de pernilongos em suas residências. Além das picadas que causam coceiras, o zumbido do inseto nos ouvidos, principalmente à noite, está entre as principais reclamações sobre os famosos insetos, cujo nome científico é Culex.
Lysia Generoso, locutora da Rádio Folha FM, mora no Centro e está impressionada com o aumento dos insetos. Sua maior preocupação é com as filhas pequenas: uma bebê de 1 ano e uma menina de 4. Para evitar as temidas picadas, ela precisou recorrer ao mosqueteiro, pois os repelentes não estavam tendo a eficácia desejada. E ela conta: “Também procuro colocar roupas mais cumpridas e leves nas meninas, já que as temperaturas caem um pouco no início da madrugada”.
Nathália Pimenta, moradora do bairro Amazonas, também mãe de uma criança de 05 anos, está utilizando o que pode para evitar as picadas, já que sua filha é alérgica: “uso repelente corporal, repelente de tomada, ventilador, produto químico – SBP e até oração”, brincou. Ela reclama da coceira intensa que as picadas provocam na criança.
A reportagem da Folha também conversou com Lillyan Gonçalves, também moradora do bairro Amazonas, mas ela contou que em sua casa, precisa conviver com os pernilongos ao longo de todo ano, até mesmo no inverno. Mãe de um bebê de quatro meses e um menino de 2 aninhos, ela compartilhou o que tem feito para afastar os insetos: “Para proteção a única coisa que resolve é o cortinado. Baygon ou repelente de tomada não tem servido para nada. Aqui a gente fecha as janelas quando está anoitecendo e depois faz a limpa com a raquete. Mas no outro dia pela manhã, a casa está lotada novamente. Também usamos ventilador a noite inteira”, relatou.
Mas afinal, o que tem causado a intensificação no surgimento dos pernilongos?
Especialistas afirmam que existe uma relação direta entre o calor e a capacidade de os mosquitos se multiplicarem. O ciclo de vida de um mosquito varia de acordo com a espécie, mas pode durar de uma até várias semanas.
Em temperaturas elevadas, os ovos eclodem mais rápido e isso causa um aumento na população destes insetos, incluindo o Aedes aegypti – que transmite doenças como zika, dengue, febre amarela e chikungunya – e o Culex, os mosquitos em maior número em ambiente urbano.
Para quem não sabe, em boas condições ambientais, os pernilongos podem viver até 30 dias ou mais. O aumento desordenado deles está relacionado ao desequilíbrio ambiental. Não havendo predadores, a população de mosquitos cresce de modo exclusivista; e as condições para a sua procriação são favorecidas pela abundância da fonte de sangue para as fêmeas em comunidades onde há aglomeração de pessoas.
Por Folha
Foto: Lillyan Gonçalves
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