Na madrugada e no início da manhã, baixas temperaturas. À tarde, sol e muito calor. Além de prejudicar a saúde, contribuindo para gripes e resfriados, as mudanças bruscas no clima lançam alerta para o risco de ataques de animais peçonhentos. Mesmo no inverno, cobras, escorpiões e aranhas também têm incomodado os mineiros.
Maria Aparecida Rocha de Jesus é moradora antiga do Bairro Amazonas em Guanhães e sempre teve problemas com animais peçonhentos em sua residência. Porém, de uns tempos pra cá, além do aparecimento recorrente, ela percebeu que o número de bichos aumentou.
“Eu encontrei mais de 70 cobras no meu quintal e mais de 20 escorpiões nos últimos dias. Não posso receber meu neto de dois anos em minha casa porque tenho medo de ele ser picado”, contou a moradora, que veio até os estúdios da Folha trazendo duas embalagens lotadas de escorpiões e duas cobras pequenas.
Além desses peçonhentos, Maria Aparecida disse que também encontra lacraias, baratas e outros insetos. De acordo com ela, os bichos ficam no meio da terra. “Um dia eu fui cavando no meio da terra e os bichos foram aparecendo. Não sei mais o que fazer”.
A guanhanense contou à reportagem da Folha que ela, o filho e o marido já foram picados por escorpião, mas nada de grave aconteceu.
Segundo o chefe do Serviço de Animais Peçonhentos da Fundação Ezequiel Dias (Funed), Rômulo Toledo, o crescimento dos registros é consequência das alterações climáticas. Segundo ele, em meio a um inverno que apresenta mudanças que vão do frio rigoroso ao calor, os bichos acabam saindo dos habitats, como galerias pluviais e bueiros, em busca de ambientes mais úmidos.
A reportagem da Folha entrou em contato com a Vigilância Epidemiológica do município que deu as seguintes orientações: “Não podemos pedir as pessoas para capturarem os animais vivos ao encontrá-los porque tem um grande risco de acidentes. Mas podemos pedir que entrem em contato conosco. Temos técnicos preparados para realizar a captura e dar as orientações necessárias para o controle destes peçonhentos”, disse a Coordenadora da VE, Neusa Mendes, que garantiu que a equipe está completa e à disposição da população para atendimentos rápidos.
Contato da Vigilância Epidemiológica: 3421-2103
Por Folha
Fotos: Folha
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