Decisão de manter suspensas as atividades escolares presenciais, divide opinião entre pais de alunos
Na tarde dessa terça-feira (03), após reunião com a participação de Prefeitos, Secretários de Educação, Diretores Escolares, Trabalhadores da Saúde e representantes do HIC, a Microrregional de Guanhães publicou uma nota informando que as atividades escolares presenciais continuarão suspensas em Guanhães. O impedimento vale tanto para a rede pública de ensino, quanto para a particular.
Segundo as informações divulgadas, o motivo da decisão se deve ao risco de o Hospital Regional ter sua capacidade assistencial sobrecarregada, além da inexistência de uma UTI pediátrica na Microrregião, levando em conta as questões quanto ao transporte escolar e o cumprimento dos protocolos sanitários.
A decisão dividiu opinião entre os pais de alunos, que se manifestaram através das redes sociais, uns contra; outros a favor da suspensão. A reportagem da Folha conversou com alguns deles.
Uma das mães diz ser contra a continuidade da suspensão, devido aos impactos negativos que tem observado em suas crianças: “a volta às aulas no sistema híbrido seria facultativa e justa, visto que os pais que não se sentissem seguros poderiam continuar mantendo seus filhos no ensino remoto. Minhas filhas ficam o dia inteiro em casa, sem socialização, assentadas em frente à tela do computador para assistir às aulas, o que tem sido extremamente exaustivo para elas. Vamos sentir todos esses impactos lá na frente. O prejuízo é grande para as nossas crianças e será ainda maior se continuar desta forma.”, afirmou.
Um outro pai que se diz contrário à decisão, também compartilhou sua opinião com a reportagem da Folha. Ele afirmou que suas filhas estão se saindo muito bem nas aulas online, entretanto, não vê motivos para continuar com a suspensão das atividades presenciais: “Na minha opinião, a volta às aulas já deveria ter acontecido. Primeiro porque todos os adultos envolvidos na educação já receberam as doses da vacina. E também pelo fato de a vacinação estar bem avançada, e as crianças serem, comprovadamente, as menos afetadas pela doença. E sobre a UTI Infantil, sabemos que não será instalada por agora.”
A reportagem da Folha também ouviu opiniões de pais que são favoráveis à decisão da Micro. Uma das mães explicou seus motivos: “Eu sou a favor das aulas presenciais, mas não neste formato híbrido. Se é para voltar, que volte tudo ao normal, mas sem prejudicar ainda mais as crianças que estão perdidas nos estudos. Essa modalidade só iria confundir ainda mais a cabeça dos meninos. Entre as aulas online e o sistema híbrido, prefiro a primeira opção”, justificou.
Outra mãe favorável à suspensão, informou que achou prudente a decisão do município: “Acho que as aulas devem voltar quando toda a população estiver vacinada, e não antes disso. De qualquer forma, mesmo no sistema híbrido, não deixaria minha filha ir, porque, mesmo sendo ainda criança, ela faz parte do grupo de risco. Ainda não sinto segurança. Em minha casa, eu e minha mãe já fomos vacinadas, mas continuamos tomando todos os cuidados, o contrário do que tenho visto na cidade”, concluiu.
Em julho ficou autorizado pelo Estado de Minas Gerais a retomada das atividades pedagógicas presenciais para municípios configurados nas ondas amarela, verde e vermelha do Plano Minas Consciente, caso esses municípios não tenham nenhum impedimento para essa retomada.
Foto Ilustrativa (Reprodução Internet)
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