O Setor de Vigilância Epidemiológica de Guanhães divulgou um informativo sobre a Síndrome Mão, Pé, Boca, após registrar surto da doença na cidade.
Desde o início do ano de 2019 casos esporádicos foram registrados e notificados, mas no início deste mês de agosto o Centro Municipal de Educação Infantil CMEI informou ao setor que sete crianças foram diagnosticadas com a doença.
A Síndrome Mão, Pé, Boca é uma doença altamente contagiosa, mais frequente em crianças menores de cinco anos de idade, embora possa afetar adultos. Ela tem esse nome justamente porque as lesões que acarretadas pela doença ficam localizadas nos pés, mãos e interior da garganta. Em nosso meio o agente etiológico mais frequente é o Coxsackievirus A16, que geralmente tem evolução autolimitada.
A transmissão se dá pela via oral ou fecal, através do contato direto com secreções de via respiratória (saliva), feridas que se formam nas mãos e pés e pelo contato com as fezes de pessoas infectadas ou ainda através de alimentos e de objetos contaminados. Mesmo depois de recuperada, a pessoa pode transmitir o vírus pelas fezes durante aproximadamente quatro semanas.
O período de incubação é de 4 a 6 dias. Geralmente a doença inicia-se com febre e apesar de pouco frequente, podem ocorrer casos sem febre. De um a dois dias após o período de incubação começam a surgir as aftas dolorosas e os gânglios no pescoço começam a ficar aumentados.
Depois disso, surge nos pés e nas mãos uma infecção moderada sob a forma de pequenas bolhas não pruriginosas (que não coçam) e não dolorosas, de cor acinzentada com base avermelhada. Essas lesões podem aparecer também na área da fralda (coxas e nádegas) e eventualmente podem coçar.
Em geral, regridem juntamente com a febre, entre 5 e 7 dias, mas as bolhas na boca podem permanecer até quatro semanas. É comum que a criança também sofra de dores de cabeça e falta de apetite. De um a dois dias após o início da febre surgem as lesões características na boca (Herpangina), que geralmente começam como pequenas manchas vermelhas. As maiorias dos casos da síndrome ocorrem de forma benigna e autolimitada e as lesões regridem espontaneamente e sem cicatrizes.
De acordo com o informativo não há tratamento específico. Em geral, como ocorre com outras infecções por vírus, ela regride espontaneamente depois de alguns dias. Por isso, na maior parte dos casos, o tratamento é sintomático com antitérmicos e analgésico. O ideal é que o paciente permaneça em repouso, tome bastante líquido e alimente-se bem, apesar da dor de garganta.
Como ainda não existe vacina contra a doença, é importante adotar medidas de prevenção e interrupção da cadeia de transmissão como:
• Lavar as mãos frequentemente com água e sabão, especialmente ao lidar com a criança doente, principalmente depois de trocar fraldas.
• Limpar e desinfetar superfícies tocadas com frequência e itens sujos, incluindo brinquedos.
• Evitar contato próximo, como beijar, abraçar ou compartilhar utensílios com pessoas com problemas de mãos, pés e boca.
No caso de crianças ou adultos com a síndrome, o Setor de Vigilância Epidemiológica recomenda evitar a Ingestão de alimentos ácidos, muito quentes e condimentados e passar a dar preferência a alimentos pastosos.
No caso de crianças, elas devem ficar sem ir a escola ou creche enquanto a infecção durar.
Por Folha com VE
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