Na manhã dessa terça-feira (30) a Vigilância Epidemiológica de Guanhães entrou em contato com a reportagem da Folha para divulgar o registro da morte de um bovino por raiva animal.
De acordo com o setor, o caso ocorreu em uma fazenda situada na zona rural do município, pertencente ao PSF do Milô. A coordenadora da VE, Neusa Mendes, informou que há relato de outros animais mortos no local, mas por enquanto somente um resultado foi confirmado.
“É muito importante que a população das fazendas desta área (coberta pelo PSF-Milô) fique atenta ao aparecimento de animais com suspeita de raiva, comunicando imediatamente aos órgãos responsáveis (IMA ou Vigilância). Solicitamos ainda, que os trabalhadores que entraram em contato com a baba de animais suspeitos, que procurem sua Unidade de Saúde para avaliação médica e cuidados de prevenção”, alerta.
Ainda de acordo com Neusa, o setor de Vigilância Epidemiológica já está programando outras atividades preventivas para esta região, como a vacinação por meio de busca ativa de cães e gatos que não foram imunizados na última campanha.
“A vacina está em falta no município, mas já foi solicitada. Ela deve chegar até próxima semana, quando provavelmente conseguiremos realizar esta ação”, disse.
Neusa ressalta que o IMA está seguindo seu protocolo de identificação de casos suspeitos com a devida orientação aos proprietários, mas alerta sobre a importância de todos os produtores rurais criadores de gado manterem seus animais vacinados contra raiva animal.
RAIVA
A raiva é uma antropozoonose transmitida ao homem pela inoculação do vírus da raiva, contido na saliva de animais infectados, principalmente por meio de mordeduras. Trata-se de uma encefalite aguda, que leva as vítimas ao óbito em praticamente 100% dos casos.
Quem pode ser infectado pelo vírus da raiva?
O homem, cães, gatos, bovinos, equídeos, ovinos, caprinos e animais silvestres. A prevenção por meio da vacinação dos animais é a forma mais segura de garantir proteção a todos.
SINTOMAS
Os sintomas da raiva variam conforme o animal infectado. A doença provoca alterações cerebrais causando sinais e sintomas diversos. Tanto no homem quanto em animais, a doença costuma ser fatal.
No gado a sintomatologia predominante é da forma paralítica. Os animais infectados se afastam do rebanho, apresentam as pupilas dilatadas e os pelos eriçados. É possível observar também, lacrimejamento, catarro nasal e movimentos anormais das extremidades posteriores. Os acessos de fúria são raros, podendo se observar, no entanto, inquietação, tremores musculares e hipersensibilidade no local da mordedura, de modo que os animais podem até provocar autodilacerações.
A Vigilância Epidemiológica agradece a colaboração de todos.
Por Folha
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