A leishmaniose é uma das doenças que mais preocupa os proprietários de cães por ser uma zoonose que oferece grande risco para os seres humanos. É uma enfermidade crônica com chances de cura ainda indefinidas.
Em Guanhães, segundo o setor de Vigilância Epidemiológica, foram registrados cinco casos positivos da doença desde o mês de janeiro deste ano. No momento há 80 casos suspeitos em investigação.
De acordo com o veterinário do setor, Rodrigo Ribeiro de Miranda, há na cidade um programa de controle e identificação dos casos que funciona da seguinte maneira: o município é todo mapeado e através dos dados já existentes com o número estimado de cães, são programadas ações por bairros.
Rodrigo informou que Guanhães está classificado como esporádico para leishmaniose, e por isso o município precisa fazer uma amostragem de 30% do total de cães.
“Os testes DPP Bio Manguinhos (testes de triagem) são repassados pelo Estado de acordo com os números anteriores, porém, não temos um repasse com sobra, pelo contrário, pois a demanda no Brasil inteiro é grande. Em casos especiais, podemos retirar alguns testes sem prejudicar o bom andamento do programa nos bairros”, disse.
Sintomas
A leishmaniose pode causar emagrecimento progressivo no cão, queda de pêlo, dermatites, crescimento exagerado das unhas, e conjuntivite. No entanto, os cães infectados podem em muitas vezes (40 a 50% dos casos) não apresentarem nenhum desses sintomas, sendo assintomáticos.
Diagnóstico
Os agentes de endemias fazem os testes de triagem de acordo com o mapeamento do programa. O resultado sai em instantes, por isso o nome “teste rápido”.
Quando o resultado der positivo o Médico Veterinário vai até o local e faz a coleta do sangue do animal, que é enviado posteriormente para a FUNED, onde a amostra passará por mais 2 (dois) testes. Se os resultados derem positivos em ambos os testes, o cão será considerado positivo para a leishmaniose.
Nestes casos, o MS (ministério da saúde) recomenda o recolhimento e a eutanásia do animal.
Transmissão
A Leishmaniose é transmitida através da picada do mosquito palha, que pica o animal infectado e depois pica o homem ou outro cão.
Além desse vetor, segundo o caderno técnico da UFMG, a transmissão também ocorre através de pulgas e carrapatos.
Prevenção
Ainda segundo o veterinário Rodrigo, a prevenção é feita principalmente através da posse responsável dos animais domésticos, assim como o combate aos vetores.
Hábitos do Mosquito
O mosquito palha vive, preferencialmente, ao nível do solo, próximo à vegetação, sobre folhas em decomposição, raízes de árvores, troncos e tocas de animais. Gosta de lugares com pouca luz, úmidos, sem vento e que tenham alimento por perto. O mosquito também pode ser encontrado facilmente em galinheiros, chiqueiros, canis, paióis e, inclusive, dentro das casas.
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