Parte dos funcionários da Agência e do Setor de Distribuição do Correios em Guanhães e algumas cidades da região (Carmésia, São João Evangelista, Sabinópolis, Cantagalo, Peçanha, Serro, Coluna, Materlândia e Virginópolis) entraram de greve nesta quinta-feira (03). Uma manifestação foi feita pelos trabalhadores na manhã de hoje (03), a reportagem da Folha esteve no local.
Desde segunda-feira (17), funcionários do Correios em todo país têm entrado de greve. A paralisação ocorre por tempo indeterminado, em protesto contra a retirada de direitos, a privatização da empresa e a ausência de medidas para proteger os empregados da pandemia do novo coronavírus, conforme informou a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas dos Correios e Similares (Fentect).
Em nota, a federação afirma ter sido surpreendida com a revogação, a partir de 1º de agosto, do atual acordo coletivo, cuja vigência vai até 2021. Segundo a entidade, 70 cláusulas com direitos foram retiradas, como 30% do adicional de risco, vale-alimentação, licença-maternidade de 180 dias, auxílio-creche, indenização por morte e auxílio para filhos com necessidades especiais, além de pagamentos como adicional noturno e horas extras.
Sobre as ações da empresa para enfrentamento da pandemia, a federação relata que teve de acionar a Justiça para garantir aos empregados equipamentos de proteção individual, álcool em gel, testagem e afastamento daqueles integrantes de grupos de risco e dos que coabitam com crianças em idade escolar. A entidade afirma que se trata de estratégia para precarizar e privatizar a empresa.
Em nota, os Correios informaram ter um plano de continuidade de negócios para manter o atendimento à população em qualquer situação adversa. A estatal informou que o objetivo primordial é cuidar da sustentabilidade financeira da empresa, de forma a retomar a capacidade de investimento e sua estabilidade, e manter os empregos dos funcionários.
Por Folha
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