O aumento no número de atendimentos a envenenamentos por abelhas tem chamado a atenção dos profissionais do Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Minas Gerais (CIATox MG), do Hospital João XXIII (HJXXIII), da Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig). O serviço, que é referência para casos mais graves, recebeu 61 pacientes em decorrência desse tipo de acidente, de janeiro a agosto do ano passado. No mesmo período de 2023, foram 104 pessoas atendidas. Um crescimento de mais de 40%.
Uma única picada de abelha pode levar uma pessoa alérgica ou cardiopata a óbito. E casos de múltiplas picadas são considerados graves independentemente da condição do paciente, podendo gerar comprometimento de órgãos como fígado e rins.
Prevenção
A retirada de colônias de abelhas deve ser feita por profissionais treinados e equipados. Vestuário e equipamentos como macacão, luvas, máscara, botas e fumigador são essenciais. Em geral, barulhos intensos, perfumes fortes e cores escuras podem desencadear o comportamento agressivo e, consequentemente, o ataque de abelhas.
Outros animais
A temporada de calor e chuva favorece a ocorrência de acidentes com escorpiões e serpentes. Isso porque é nessa época do ano que esses animais saem em busca de lugares secos para se abrigarem, aumentando a probabilidade de estarem presentes nas residências. Há também um aumento das atividades humanas, tanto de lazer quanto de trabalho, em áreas verdes.
Em Minas Gerais, os acidentes com escorpiões são os mais recorrentes. Em 2022, o CIATox atendeu 1.654 casos. Este ano, até agosto, foram 1.051 atendimentos. Em relação às serpentes, foram 725 atendimentos no ano passado e 492 até agosto de 2023.
O coordenador da Toxicologia do HJXXIII esclarece como situações de risco podem ser evitadas. “Os acidentes com serpentes ocorrem geralmente em jardins, quintais e plantações. As regiões do corpo mais atingidas são mãos, braços, pés e pernas. Por isso, o uso de equipamentos de proteção, como botas e luvas de raspas de couro, é importante e previne 80% dos casos. Já os escorpiões são mais comuns em áreas urbanas e o cuidado deve ser intensificado para que não entrem em casa. É recomendado usar telas metálicas nos ralos, manter a limpeza de áreas externas e utilizar rodo vedador de portas”, indica.
Crianças menores de 7 anos e idosos estão mais suscetíveis a complicações por acidentes com animais peçonhentos. Por isso, outra dica importante é sempre balançar calçados e roupas antes da utilização, pois escorpiões podem estar escondidos nas peças.
Por Agência Minas/Edição Folha
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