A volta do horário de verão divide os brasileiros, mas o apoio à mudança no relógio é o menor da série do Datafolha, que começa em 2017. Atualmente, 47% declararam ser favoráveis e 47% contrários a ele, enquanto uma parcela de 6% se diz indiferente. É o que aponta a pesquisa feita pelo instituto nos dias 7 e 8 de outubro, por meio de 2.029 entrevistas em 113 municípios de todo o país. O nível de confiança é de 95%, e, para o total da amostra, a margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Na semana passada, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que iria decidir sobre o retorno do horário de verão, após reunião técnica, nesta terça-feira (15), prazo máximo para implementação ainda neste ano.
Além de comprovar essa divisão, o Datafolha aponta que o apoio ao horário de verão caiu nos últimos anos. Em comparação aos levantamentos anteriores, de setembro de 2017 e o mesmo mês de 2021, o percentual de entrevistados que se disseram favoráveis a ele vem recuando, enquanto a rejeição cresceu.
Em 2017, 58% eram favoráveis ao horário de verão, e 35, contrários. Quatro anos mais tarde, em 2021, 55% aprovavam a medida e 38% eram contrários.
Em alguns setores, como o aéreo, é necessário que o governo dê 20 dias para adaptação à mudança no relógio. De acordo com o governo, a decisão, com aval do presidente Lula (PT), será baseada em avaliação de riscos energéticos.
A falta de chuva já causou o aumento da bandeira da conta de luz. O horário de verão é uma das alternativas na mesa do governo, que também já ampliou autorizações para o funcionamento de usinas termelétricas a gás.
Numericamente, as taxas de apoio ao horário de verão são mais altas entre os homens do que entre as mulheres -50% deles se dizem favoráveis e 45% são contrários, ante 44% e 49% delas. Nesse caso, a margem de erro é de até três pontos.
No recorte por faixa etária, que possui margem de erro de até cinco pontos, os que têm de 16 a 24 anos se dizem 62% a favor, e 30% contra, ante 38% favoráveis e 55% contrários entre os que têm 60 anos ou mais.
Por O Tempo
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