O preço do botijão de gás sofreu o quinto reajuste em 35 dias. No acumulado do período, houve elevação de 49,3% no produto nas refinarias. A última alta, de 12,9%, foi anunciada ontem e começou a valer à meia noite desta quarta-feira.
Se o repasse ao consumidor for imediato, a expectativa é a de que haja um aumento de 5,1% no botijão de gás, cujo preço médio atual para Minas Gerais é de R$ 65 e o máximo R$ 85.
Desde 5 de setembro, o botijão já subiu 6,5%, saltando de R$ 61 para R$ 65, conforme levantamento da Agência Nacional de Petróleo (ANP). O índice é quase três vezes maior do que a inflação, que somou 2,54% no acumulado de 12 meses.
Se os 5,1% estimados pela Petrobras forem aplicados ao preço do combustível, ele saltará para R$ 68,09 a partir de hoje. Setores de bares e restaurantes e revendedores de botijão rechaçam o reajuste.
Revendas
De acordo com o presidente da Associação Brasileira dos Revendedores de Gás Liquefeito de Petróleo - GLP (Asmirg), Alexandre Borjaili, desde que o botijão começou a subir com mais intensidade, em setembro, os revendedores registraram queda de 30% no faturamento. O motivo é a economia do consumidor.
“O gás virou produto de luxo. Muitas das famílias têm renda per capita muito baixa. Se continuar subindo assim, o botijão vai ultrapassar os R$ 100 em Minas Gerais”, afirma. No Centro-Oeste, conforme o representante da entidade, o preço médio do GLP até ontem já era R$ 105.
Segundo o Sindigás, a correção aplicada não repassa integralmente a variação de preços do mercado internacional e, com isso, o combustível registra uma defasagem de 6,08% em relação ao preço do produto importado.
Por Hoje em Dia/Edição Folha
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