Se a greve dos caminhoneiros acabasse agora, o abastecimento de combustíveis nos postos ainda demoraria mais cinco dias para voltar ao normal. A estimativa é da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e Lubrificantes (Fecombustíveis), que representa cerca de 40 mil postos em todo o Brasil.
“Essa estimativa considera um ambiente de rodovias desobstruídas, sem ameaças, pois o processo não é rápido. Assim que o carregamento for liberado, os caminhões têm que ir até às bases de Betim e nas demais do Estado, carregar e depois levar aos postos. E praticamente todos os postos de Minas estão sem nenhum combustível”, explica o presidente da Fecombustíveis, Paulo Miranda.
Segundo o Minaspetro, sindicato que representa os revendedores de combustíveis no Estado, 92% dos postos de todo o território mineiro estão desabastecidos.
Miranda explica que o Estado conta hoje com uma frota de 600 a mil caminhões-tanque, com capacidade de 15 mil litros e de 30 mil litros, dependendo do modelo.
E a fila será grande. Miranda afirma que as distribuidoras estão com os tanques lotados de combustível, só esperando a liberação das rodovias para carregar e levar aos postos. “O problema é que não conseguimos retirar das bases. A situação é gravíssima”, diz.
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