Entrar em uma sala de aula com crianças ou adolescentes e um cronograma para cumprir, pode ser uma atividade repleta de prazer para uns, mas nem sempre é fácil.
Como todos sabem, ser professor é uma das mais importantes profissões do mundo, afinal, ela possibilita a transmissão de conhecimentos e a correta compreensão deles. Todos os profissionais que existem precisaram de professores para aprender, se capacitar e ficarem aptos para atuar no mercado de trabalho.
O Dia do Professor foi comemorado nesse sábado, 15 de outubro, e por isso, a reportagem da Folha FM decidiu procurar por alguns deles para saber um pouco mais sobre as experiências vivenciadas em salas de aula e os desafios da profissão.
Flávia Vilela é professora há 15 anos. Ela já trabalhou com educação infantil em Belo Horizonte, já deu aulas voluntariamente no EJA e hoje é professora de história na E.E Senador Francisco Nunes Coelho.
A educadora vem de uma família de professores e sempre soube que também escolheria a profissão. A única dúvida era qual licenciatura escolher: história ou geografia?
“Sempre tive facilidade com história e até ajudava os colegas. Por isso, após uma dúvida tremenda, decidi optar pela disciplina”, afirma.
Flávia diz gostar da profissão e conta que o maior desafio em sala de aula é despertar o interesse de seus alunos: “a educação transforma. Fazer com que os alunos se interessem pelo aprendizado nem sempre é uma tarefa fácil”, salienta.
A professora, que leciona em Guanhães desde 2005, atualmente dá aulas de história para os sétimos, oitavos anos e ensino médio. Para ela diálogo e respeito em sala de aula é fundamental para que o aprendizado aconteça: “penso que apesar de os jovens ainda estarem em formação, eles têm vontades e merecem ser ouvidos. É o diálogo e o respeito de ambos que nos permite chegar a um denominador comum,” conclui.
Já o professor de matemática, Lucimar Albino, não escolheu a profissão de primeira. Ele contou que quando se formou no ensino médio, tinha planos para cursar engenharia civil e havia acabado de passar em um concurso para trabalhar no SAAE na cidade de Piá-MG, porém em sua cidade não tinha o curso que queria e acabou fazendo licenciatura em matemática, que poderia servir para seus planos de engenheiro.
O docente leciona desde 2000 e se formou aos 21 anos, quando começou a dar aulas no período noturno para complementar a renda, já que durante o dia trabalhava no SAAE.
Quando questionado pela reportagem da Folha se gosta do que faz, Lucimar afirmou que ama ser professor: “gosto do que faço e faço o que gosto. Graças a Deus me identifiquei muito com a minha profissão”.
O educador dá aulas de matemática para o ensino médio na E.E. Odilon Behrens e diz que uma das maiores dificuldades que enfrenta em sala de aula é adequar o conteúdo à inovação tecnológica e ao novo pensar dos adolescentes, mas ressalta que a convivência durante o ano acaba sendo uma boa troca de experiências e aprendizado para ambas as partes.
“Passo 200 dias letivos com os alunos e acabo participando dos sentimentos deles. É uma troca de aprendizado muito grande e uma responsabilidade grande também uma vez que somos um ponto de apoio e um ombro para algumas de suas decisões”, finaliza.
Por Folha com colaboração estagiária Stela Natalie
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