Antes mesmo de se graduar em engenharia mecânica pela Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFJVM), a estudante Bárbara Emanuella Souza, de 24 anos, foi convocada para uma bolsa de doutorado na renomada Universidade de Oxford, localizada em uma cidade de mesmo nome, na Inglaterra. Ao ser aceita pela instituição, ela se consagrou como a primeira mulher do Brasil a ingressar em um doutorado de lá.
Depois de ser contemplada com um bolsa de intercâmbio do programa do governo federal Ciências sem Fronteiras, Bárbara saiu de Diamantina, sua cidade natal - onde também está situado o campus em que estudava, para terminar seus estudos como bacharel nos laboratórios da Universidade da Califórnia, em San Diego.
"Na Califórnia trabalhei em um laboratório de engenharia em um projeto voltado para o desenvolvimento de materiais com melhores propriedades para a produção de próteses mecânicas". Lá, a engenheira e sua equipe criaram um polímero que aumenta a qualidade das próteses, resultando em peças mais fortes, duráveis e resistentes ao desgaste.
Contudo, o enfoque do novo projeto de Bárbara aprovado pela Universidade de Oxford é diferente do anterior, ainda que contemple os aprendizados adquiridos nos Estados Unidos. No Reino Unido, a jovem, a partir de outubro, participará de uma pesquisa no campo da nanotecnologia, para o desenvolvimento de células carregadoras de medicamentos para o tratamento localizado de cânceres e tumores.
"Um dos principais tratamentos contra o câncer é a quimioterapia, porém ele traz uma série de efeitos colaterais, como enfraquecimento da imunidade, queda de cabelo e tantos outros", explica Bárbara. Sobre os benefícios de sua futura pesquisa à medicina, ela ponderou que o tratamento localizado otimiza a terapia, pois nele usa-se menos fármacos e de forma mais eficiente, já que atacará diretamente o local doente.
Por Estado de Minas/Edição Folha
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