No próximo domingo cerca de 5 milhões de estudantes vão participar do primeiro dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2019, que dá acesso às principais instituições de ensino superior do país. Para evitar vazamentos e fraudes como em anos anteriores, o Inep, órgão ligado ao Ministério da Educação e Cultura (MEC), destacou um maior investimento em tecnologias e medidas de segurança.
Uma delas será a tolerância zero ao uso de celular. No edital do exame, foi estabelecido que, “se o celular emitir algum som durante a realização das provas, mesmo que esteja dentro da embalagem lacrada, o participante será eliminado”. A medida foi sugerida pela Polícia Federal (PF). O diretor de Tecnologia e Disseminação do Inep, Camilo Mussi, lembra que, “além de desligar o aparelho, o inscrito deve desativar os alarmes”.
Outros dispositivos eletrônicos continuam proibidos. Além disso, equipamentos de detecção de ondas magnéticas vêm sendo usados nos locais de prova com o objetivo de captar emissões de frequência de aparelhos eletrônicos.
Conteúdo da prova não deve mudar
Depois de declarações feitas pelo presidente da República Jair Bolsonaro – que, no ano passado, antes mesmo de tomar posse, disse que iria conferir a prova do Enem antes da aplicação –, muitas dúvidas pairam sobre o conteúdo do exame deste ano. O ministro da educação, Abraham Weintraub, afirmou em abril que “questões ideológicas ou muito polêmicas” não seriam abordadas.
No entanto, o especialista no Enem, Rommel Domingos, explica que os alunos podem se despreocupar, pois não haverá mudanças no conteúdo cobrado. “É preciso focar tudo que foi estudado, pois não acredito que será cobrado algum conteúdo fora do que já foi visto, até porque a prova é elaborada por meio de um banco de questões já existente”, explicou Domingos.
Por O Tempo/Edição Folha
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