Carros que atolam no trecho estão sendo empurrados por Girico da prefeitura de Dom Joaquim
Usuários da MG-229, estrada de terra que liga Senhora do Porto a Dom Joaquim, vivenciam desde a última quinta-feira (5), mais um capitulo de uma novela que não parece ter fim.
Para quem achava que não tinha como piorar a péssima situação nos 26 km desse trecho, que há anos se tornou alvo constante de reclamações, muitas delas registradas e publicadas pelo Jornal da Folha, devido aos gargalhos que vão desde más condições, sinalização e falta de visibilidade devido ao fluxo intenso de veículos, se surpreendeu com a chegada das fortes chuvas na última semana.
Na tarde dessa terça-feira (10), o secretário de obras de Dom Joaquim, Fábio Lúcio Pires Figueiredo, entrou em contato com a redação da Folha, para manifestar sua indignação com a situação vivida por quem precisa passar diariamente pela MG-229.
Segundo o secretário a estrada está interditada com vários pontos de atoleiro e árvores caídas impossibilitando o tráfego de carros, ônibus, motos e caminhões. “Inclusive a Viação Serro, companhia de ônibus já suspendeu a linha que faz o trajeto”, comentou e completou com um desabafo.
“Estamos pedindo socorro. Nada está passando, os vários carros e caminhões que estão ficando atolados estão sendo puxados pelo girico da prefeitura. A ambulância que sai com os pacientes daqui para Guanhães, não está saindo, e em caso de urgência só puxando”, desabafou informando ainda que o município já não consegue realizar o transporte da coleta de lixo para a usina de compostagem que fica localizada a beira da estrada a cerca de 7 km desse trecho.
Ainda segundo Fábio, na tarde dessa segunda-feira (9), ele juntamente com o Prefeito de Dom Joaquim, Joraci Madureira, se reuniram com o Coordenador da 2ª CRG – DER/MG, Carlos Fernando Ferrarezzi Guimarães, e protocolizaram mais um ofício. Mas, para a preocupação dos mesmos, obtiveram verbalmente como resposta, que o Estado está no período de transição, não havendo recursos para a realização dos reparos.
Em nota divulgada pela prefeitura em sua página no Facebook, foi esclarecido ainda que o município “não concorda com essa afirmação, uma vez que somos testemunhas que esse trecho não tem recebido a manutenção que nós entendemos necessárias há muito tempo. Por uma questão de competência e de responsabilidade fiscal, o município de Dom Joaquim não pode realizar os reparos necessários, por se tratar de competência Estadual”.
De acordo com o Procurador do município de Dom Joaquim, Cristiano Silva de Paula, o prejuízo vai além da intertição do trecho. “Além dos prejuízos com carros que quebram com frequência, devido as grandes crateras existentes e poeira na época da seca, com as chuvas a situação se agrava. O município faz parte do consorcio de saúde de Guanhães, e utilizamos a estrada para o transporte de pacientes ao hospital”, declarou.
O procurador ainda alertou “se a chuva permanecer, o transporte escolar dos distritos de Dom Joaquim estará comprometido”.
Retorno
No final do ano passado, a reportagem da Folha conversou com o coordenador da 2ª Coordenadoria Regional de Guanhães DER/MG, o engenheiro Carlos Fernando Ferrarezi, que informou que a coordenadoria conseguiu uma verba para conservação da estrada para o período chuvoso, e que as intervenções foram realizadas, objetivando que os 26 km pudessem ficar transitáveis.
Asfaltamento
Sobre o projeto de asfaltamento desse trecho, que até então, fazia parte do programa “Caminhos de Minas”, Ferrarezi informou que estava em fase final, porém não chegou a ser concluído. Ele acredita que, além de tempo hábil, devido às eleições 2014, teria faltado recursos financeiros por parte do governo, para finalizar o projeto e iniciar as obras.
Com a chegada de um novo governo em Minas, o coordenador acredita que, é preciso esperar para saber quais serão as prioridades da nova diretoria, e por consequência, qual será o futuro desse trecho.
Por Folha
Fotos encaminhadas pela Prefeitura de Dom Jaoquim
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