Diamantina e Serro estão entre as 12 cidades que serão investigadas
Conciliar mobilidade urbana e estrutura viária do século18 é um desafio histórico para cidades mineiras surgidas nos tempos coloniais: o trânsito dá nó por entre as ruas estreitas, enquanto casarões trincam, o pavimento afunda e telhados despencam.
Diante da desordem nas vias públicas, principalmente com a circulação de caminhões e ônibus, da falta de fiscalização e dos danos causados ao patrimônio arquitetônico, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) entrou no circuito e já abriu inquéritos para investigação e ações na Justiça em 12 municípios: Caeté, Sabará, Santa Luzia, Diamantina, Serro, Minas Novas, São João del-Rei, Prados, São Tomé das Letras, Pitangui, Moeda e Conselheiro Lafaiete.
O bom exemplo é dado por Tiradentes, no Campo das Vertentes, que fechou o trânsito, de sexta-feira a domingo e nos feriados, para carros e motos, abrindo espaço aos pedestres.
Para desatar o nó cego do trânsito, Tiradentes saiu na frente e se tornou a primeira cidade no estado e segunda no país – a pioneira é Paraty (RJ) – a restringir drasticamente a circulação de automóveis e motos no Centro Histórico, liberando a área para moradores e turistas.
A iniciativa deu certo, segundo as autoridades municipais, mas ainda há visitantes que desrespeitam a lei, estacionando em locais proibidos. Por isso, desde ontem há correntes interditando vias de acesso e dois suportes laterais, de concreto, os chamados “fradinhos”, informa o prefeito Ralph Justino.
Barroco e tráfego em rota de colisão
Outros municípios também avançam, como Diamantina, que contratou uma empresa de consultoria para fazer o diagnóstico e propor um projeto viário, além do Serro e de Santa Luzia, que já impuseram restrições à tonelagem dos caminhões e às dimensões de ônibus.
Por Folha com Estado de Minas
Foto Estado de Minas
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