"Nós, pessoas, a gente vive dentro de dois princípios psíquicos emocionais que nos regem. Que é o princípio do prazer e o princípio da realidade. Quando a gente entra nas férias, a gente entra no princípio do prazer, a gente não tem compromisso, está se divertindo. E quando a gente retorna ao trabalho, a gente entra no princípio da realidade. Então a gente está lá no princípio do prazer e tem que voltar para o princípio da realidade. Algumas pessoas têm mais dificuldades em voltar para a realidade, para a vida adulta e aí tem os sintomas depressivos que se manifestam no corpo", explica a especialista.
A psiquiatra do Grupo Hospitalar Conceição, Marina da Silva Netto, explica como amenizar os sintomas da síndrome pós-férias. "Primeiro, o gestor acolhe e entende a pessoa e tranquiliza ela e mostrar o que está acontecendo. Se isso não é suficiente, aí então ele tem que procurar um psicólogo, um psiquiatra, alguém da área da saúde mental. Que daí possa então ajudá-lo, às vezes não é necessário nem utilizar remédio, conversando, tudo isso, explicando, entendendo a pessoa, sabendo o que está acontecendo com aquela pessoa específica naquele ambiente de trabalho específico a gente consegue ajudar às vezes até sem remédio. E às vezes precisa-se de remédio ou um ansiolítico ou antidepressivo se a coisa ficar mais forte".
A especialista Marina da Silva Netto ressalta ainda que não é preciso o uso de antidepressivos para o tratamento de casos de depressão reativa ou síndrome pós-férias. Isso porque a síndrome não é uma doença depressiva. E nesse caso, o mais recomendado é a conversa entre o gestor e o funcionário.
Com informações Agência do Rádio
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