A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) definiu nesta terça-feira (7), o índice médio de 7,07% para o reajuste das tarifas de energia elétrica da Cemig Distribuição, que passa a vigorar a partir desta quarta-feira (8), até abril do ano que vem.
A conta de luz de 8 milhões de consumidores comuns, mineiros, sofrerá um reajuste de 5,93%. Para os consumidores industriais e o setor de serviços, atendidos em média e alta tensão de energia, o aumento médio a ser percebido será de 8,12%. Para os consumidores atendidos em baixa tensão o reajuste médio será de 6,56%.
É o quarto aumento aplicado pela companhia neste ano. Somados todos os reajustes, a conta de uma casa com média de consumo de 100 KW/h por mês subiu R$ 14 desde 1º de janeiro. A alta acumulada é de 42,5%. O impacto é ainda mais forte para a indústria, com avanço médio de 8,12% no mercado de alta tensão a partir de hoje.
Segundo o gerente de Tarifas da Cemig, Ronalde Xavier Moreira Júnior, as condições hidrológicas dos últimos dois anos, que forçaram o uso das usinas termoelétricas, geraram a necessidade de repasse de custos para os consumidores.
Ele lembra que os clientes só vão perceber o reajuste na fatura de maio. O percentual é inferior ao previsto pela maioria dos especialistas em mercado energético.
Até 31 de dezembro, a tarifa cobrada pela Cemig era de R$ 0,39 por kWh. Com a virada do ano, houve o acréscimo de R$ 3 a cada 100 kWh consumidos devido à entrada em vigor do sistema de bandeira tarifária, adotado para o pagamento sobre o uso das usinas térmicas.
Em fevereiro, a agência reguladora definiu reajuste de 21,39% para consumidores residenciais, além reajuste do valor cobrado para uso das térmicas em período de baixa dos reservatórios. O aumento de ontem foi de 5,93%. Com isso, a tarifa subiu para R$ 0,56 por kWh.
Consumidores de baixa renda
Os consumidores classificados como baixa renda são clientes beneficiados por um subsídio, inclusive nas Bandeiras Tarifárias, pagando valor inferior ao custo da energia consumida. Até 30 kWh mensais, o benefício resulta num desconto de 65%. Para o consumo entre 31 e 100 kWh, 40%, e para a faixa de 101 a 220 kWh é de 10%. O aumento das tarifas dos consumidores de baixa renda neste reajuste ordinário anual foi de 6,03%.
Por Folha com Estado de Minas e ASCOM Cemig
Foto: Estado de Minas
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