O Ligue 180, número da Central de Atendimento à Mulher em Situação de Violência, registrou um aumento de 133% nos relatos envolvendo violência doméstica e familiar, no primeiro semestre deste ano, em comparação ao mesmo período em 2015. A informação foi divulgada nessa terça-feira, 9 de agosto, pela Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, órgão ligado ao Ministério da Justiça e Cidadania.
O balanço aponta que, neste semestre, o serviço recebeu mais de 500 mil ligações, o que representa um acréscimo de 52% nos atendimentos em geral. Nos relatos de violência, principal tipo de consulta à central, estão casos sobre violência física (51,06%), violência psicológica (31,10%), violência moral (6,51%), cárcere privado (4,86%) e violência sexual (4,3%).
Para a secretária especial de Políticas para as Mulheres, Fátima Pelaes, os números não refletem, necessariamente, o aumento da violência no país, mas estão associados à maior procura por informação.
O balanço aponta ainda que 59,71% das mulheres que relataram casos violência, no período, são negras Os dados consolidados mostram que o Distrito Federal é a unidade da federação com maior registro de atendimentos, seguido por Mato Grosso do Sul e Piauí.
Neste primeiro semestre, cerca de 70% dos municípios brasileiros procuraram o Ligue 180. As cidades de Brasília, Rio de Janeiro e Belo Horizonte foram as que mais ligaram para a central.
Ligue 180
O Ligue 180 tem é um canal que recebe denúncias de violência, reclamações sobre os serviços da rede de atendimento à mulher e orienta as mulheres sobre direitos e a legislação vigente, encaminhando-as para outros serviços quando necessário.
A Central funciona 24 horas, todos os dias da semana, inclusive finais de semana e feriados, e pode ser acionada de qualquer lugar do Brasil e de mais 16 países.
Por Agência Brasil/Edição Folha
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