A fim de sensibilizar o Governo e pressionar mais uma vez para que seja resolvida a questão do piso salarial, professores do estado entram nesta quarta-feira (16), em mais um movimento de paralisação.
Até sexta-feira, os professores que aderirem vão cumprir 70% do tempo das aulas, que corresponde a 35 minutos. Segundo informações da representante do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), Sévera Pimenta, na Escola Odilon Behrens, em Guanhães, dois professores do turno matutino fizeram a paralisação.
Professores têm hoje reunião decisiva com o governo
Os professores vão pedir, em reunião nesta quarta-feira (16), às 17h, com o governo, a retirada da tramitação em caráter de urgência do projeto de lei nº 2.355/11, que atualiza a política salarial da categoria. Os trabalhadores querem que a votação do projeto seja adiada, até que haja um acordo entre as partes.
A categoria exige que o tempo de serviço e o nível de formação profissional sejam considerados no cálculo do pagamento do piso nacional (de R$ 712, proporcional a uma carga horária de 24 horas semanais).
Devido ao caráter emergencial, hoje é o último dia para que o governo faça qualquer alteração ao projeto, em tramitação desde o dia 8. O governo não adiantou o que será apresentado aos professores na reunião, mas informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que fará "ajustes" para chegar a um acordo. Antes da reunião, líderes do governo vão se reunir com deputados para apresentar as propostas.
O Estado apresentou uma primeira proposta de alteração do projeto, que previa um aumento salarial dos professores de 5% a cada nível de escolaridade e de 1% para cada dois anos de serviços prestados. A categoria afirma que o reajuste para categorias como graduação e mestrado deveria ser de 22%, e, pelo tempo de serviço, de 10%.
Por Samira Cunha
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