Em Guanhães, a sede da antiga Fazenda Candonga, hoje Aldeia Mirueira, recebeu a visita
O professor do curso de arquitetura da UNESP, campus Bauru (SP), Dr. Vladimir Benincasa, visitou três fazendas do Centro Nordeste Mineiro, em parceria com o professor de sociologia do IFMG, campus São João Evangelista, Me. Isaac Cassemiro Ribeiro.
Benincasa vem estudando desde seu mestrado (1998) e doutorado (2008), velhas fazendas paulistas, dentre elas, aquelas fundadas por mineiros em território bandeirante, tema que aprofundou no pós-doutorado.
A visita de campo à região atende às atividades previstas em pesquisa intitulada: “Análise comparativa entre fazendas de gado mineiras e paulistas: séculos XVIII e XIX”, um estudo sobre fazendas congêneres mineiras e paulistas, que o autor pretende lançar em livro, brevemente.
Já o professor Isaac Cassemiro desenvolve pesquisas sobre fazendas mineiras desde seu mestrado (2014), que se desdobraram no doutorado, em andamento. É coordenador do Grupo de Pesquisas em História Regional e Desenvolvimento (GEHRD-IFMG/SJE), no qual estão sendo desenvolvidos dois projetos, um de pesquisa e outro de extensão.
As vistas foram realizadas entre os dias 25 e 27 de Julho, em Guanhães, São João Evangelista e Dom Joaquim e integraram o plano de trabalho das pesquisas desenvolvidas por cada um dos professores.
No dia 25 de Julho, os pesquisadores visitaram, no município de Guanhães, a sede da antiga fazenda do Candonga, na aldeia Mirueira, da etnia Pataxó. Os professores foram cordialmente recepcionados pelos indígenas, dentre eles o líder da tribo, José Mariano Ferreira da Silva (Patxohãn) e seu filho, Josiel dos Santos Silva (Kohoy).
Segundo informações do professor Innocente Soares Leão, a fazenda do Candonga começou a ser formada a partir de 1824, sofrendo grande impulso com a fundação, no ano de 1837, da companhia inglesa de mineração: “The Candonga Gold Co. Limited”. A atividade mineradora na fazenda foi responsável pela vinda de centenas de pessoas para região, incrementando o povoado do arraial que se tornaria a atual cidade de Guanhães.
Os pesquisadores lamentam o lastimável estado de degradação em que se encontram as estruturas arquitetônicas da antiga sede da fazenda do Candonga, negligenciada pelos órgãos públicos competentes.
Por Folha com IFMG/SJE
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