Na Primavera, as flores estão por todo lado, inclusive em pratos deliciosos. Apesar de a moda ser recente, as flores comestíveis são utilizadas na gastronomia há séculos.
As flores comestíveis podem ter sabor doce, cítrico, levemente apimentado e até amargo. Algumas são consumidas na totalidade, outras parcialmente, como as pétalas de tulipa, algumas apenas em certas fases do seu desenvolvimento, como os botões de margaridas.
Segundo o nutricionista do Vigilantes do Peso Matheus Motta, diversos tipos de pratos podem ter o acompanhamento de flores comestíveis: assados, cozidos, saladas, sopas, doces, pães, bolos, biscoitos, sobremesas e até chás e refrescos.
Segundo o especialista, elas têm baixo valor calórico (cerca de 40kcal por 100g) e, assim como algumas frutas e verduras, apresentam vitaminas (principalmente A e C), além de fitoquímicos, reconhecidos pela sua atividade antioxidante e anti-inflamatória em nosso organismo. Nas pétalas, principalmente, ficam os minerais, vitaminas e compostos fitoquímicos. Ainda nas pétalas, há os flavonoides, com efeitos anti-inflamatório, antimicrobiano e antiviral.
Por ter sabores mais concentrados, as flores comestíveis devem ser consumidas em pequena quantidade. Isso porque têm pólen, que é alergênico. Pessoas alérgicas devem evitá-las, assim como crianças e bebês.
CUIDADOS NO CONSUMO
Flores podem ser consumidas tanto em saladas, sucos e chás (cruas) quanto em outros tipos de pratos, como ensopados e sopas, arroz, purês e omeletes.
Os cuidados básicos antes de comprar flores comestíveis são: adquirir de produtores que façam o cultivo especialmente para uso culinário, que não utilizam agrotóxicos ou tratamento químico; observar o modo de armazenamento no local; reconhecer quais plantas são destinadas ao consumo, uma vez que nem todas as flores são comestíveis ou apresentam um bom paladar, e algumas espécies podem ser venenosas/tóxicas.
Olhe a safra
A primavera não é apenas temporada de flores. A estação também é época da safra de grande variedade de frutas, legumes e verduras, sendo perfeita para enriquecer a dieta com aromas, sabores e nutrientes variados, principalmente os ricos em vitaminas, antioxidantes e minerais.
Segundo a nutricionista maternoinfantil Alice Carvalhais, do Instituto Mineiro de Endocrinologia, por ter sido produzido em condições climáticas ideais, o alimento, nesta época, consegue se desenvolver melhor, oferecendo uma qualidade nutricional maior. “Seus nutrientes se encontram nas quantidades mais adequadas possíveis, além de oferecer sabor e aroma mais intensos”, explica.
Outra vantagem de consumir alimentos na safra é que o cultivo pode dispensar ou diminuir a quantidade de aditivos químicos, com os alimentos se desenvolvendo de forma mais natural. E como a produção aumenta, a demanda cai e o preço melhora. Estudos mostraram que o conteúdo de vitamina C parece ser significativamente influenciado pela sazonalidade.
Segundo Alice, nesta época, as refeições devem seguir variadas, mas aumentar o consumo de vegetais pode ajudar a conseguir uma alimentação mais refrescante, mais leve e rica em nutrientes, além de menos calórica.
“Aposte nas saladas de frutas, saladas de pote e sucos verdes. O congelamento de frutas picadas pode render sucos que prolongam a presença do alimento em seu momento mais nutritivo, mesmo fora da safra”, sugere a nutricionista. Entre os alimentos da estação estão abacaxi, kiwi, maracujá, mamão, morango, manga, pêssego, abobrinha, alcachofra, berinjela, beterraba, cenoura, ervilha, tomate, pimentão amarelo, agrião, almeirão, brócolis, espinafre e rúcula.
Por Folha com Portal UAI
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