O padre investigado por suspeita de abuso em São João da Chapada, distrito de Diamantina– proibido pela Justiça de frequentar o centro infantil que dirigia –, já foi denunciado por assédio a menores em uma cidade do Sul do país.
Nos lugares por onde passou, há um histórico de acusações relativas ao seu comportamento, situação descrita em documento expedido pela coordenação da própria a instituição religiosa ao qual ele pertence, a Fraternidade, Palavra e Missão, ao qual o Estado de Minas teve acesso. O documento foi juntado ao material reunido durante as investigações, que correm sob sigilo.
O documento da fraternidade diz que “no final dos anos 1990”, o padre agora investigado em São João da Chapada “foi flagrado por assistentes sociais fazendo (sic) assédio a menores em um banheiro de uma obra social em Santa Cruz do Sul”.
A Fraternidade, Palavra e Missão também descreveu à época que “em todos os lugares por onde ele (o sacerdote investigado) passou, sempre houve denúncias e conversas quanto ao comportamento ‘não muito saudável’ do padre”.
Medidas cautelares
Natural de São Leopoldo (RS), o religioso envolvido nas denúncias tem 51 anos e completou 23 de ordenação em 26 de fevereiro. Ele começou a trabalhar em São João da Chapada em 2013.
As últimas denúncias vieram à tona em outubro do ano passado. Inicialmente, foram feitas ao Conselho Tutelar e depois encaminhadas ao Ministério Público e à Polícia Civil.
As investigações são comandadas pela delegada Kiria Orlandi, que chegou a pedir a prisão preventiva do suspeito, após ouvir várias testemunhas e identificar duas vítimas, uma delas um rapaz de 18 anos, que relatou ter sofrido uma série de abusos sexuais durante os dois últimos anos, além de um adolescente de 13.
Há duas semanas, o padre se mudou para a casa paroquial de São João da Chapada, mas teria saído do povoado desde a noite de domingo, após celebrar a missa que comemorou os seus 23 anos de ordenação.
Por Estado de Minas/ Edição Folha
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