Na semana passada, o grupo de empresários – todos da região – estabeleceu que não haveria novas rodadas de negociação. Eles afirmam ter chegado ao limite, já que admitiram centenas de trabalhadores para executar as obras.

“Contratei 50 trabalhadores e já mandei 24 embora. E olha que minha empresa é pequena. Tem empresa do Vale do Aço que empregou 300 trabalhadores e teve que demiti-los.

O impacto dessa situação traz outras complicações. Com essa recessão que o país vive, não conseguimos captar empréstimo para pagar os encargos. Os bancos reduziram os créditos”, conta um dos empreiteiros. A novela envolvendo os pagamentos já custou a demissão de cerca de 1500 trabalhadores da região.

Por falta em capital de giro, as firmas não conseguem desligar os trabalhadores contratados. Algumas, inclusive, já sugeriram aos funcionários que ajuízem uma ação coletiva. A intenção é envolver o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) em âmbito judicial para que os trabalhadores não fiquem no prejuízo.

Interrupção

A paralisação está programada para esta quarta-feira (8), a partir das 9h e deverá se estender até as 14h. A mobilização deve envolver cerca de 300 pessoas, entre empresários e trabalhadores. “Queremos colocar caminhões e máquinas na pista. Os trabalhadores estão desesperados, mas entendem os motivos de não estarem sendo pagos.

Para gente ter um respiro, precisamos que a Isolux deposite R$ 3 milhões da dívida. Se isso não acontecer até às 16h desta terça-feira (7), não vai ter outro jeito. Iremos paralisar a 381 mesmo”, informam os empresários.

Em seguida, eles planejam novas paralisações até receberem a dívida. A mobilização de quarta-feira irá acontecer na saída para Governador Valadares, em frente ao escritório da Isolux, no Parque Veneza, trecho pertencente a Santana do Paraíso.

Por Folha com Agências

Foto: O Tempo