Uso do extintor passou a ser facultativo na última quinta-feira (17)
O uso de extintor de incêndio em automóveis passou a ser facultativo no Brasil, conforme decisão tomada na última quinta-feira (17) pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran).
A mudança na legislação envolve utilitários, camionetas, caminhonetes e triciclos de cabine fechada.
De acordo com o Ministério das Cidades, a decisão pelo uso opcional do equipamento foi tomada após encontros com representantes dos fabricantes de extintores, do Corpo de Bombeiros e da indústria automobilística.
De acordo com a proprietária da Diamantina Extintores, Aline Barroso, afirma que o critério pesado na decisão foi incorreto. "Eles [Contran] tomaram a decisão olhando os países de primeiro mundo que têm realidade completamente diferente da do Brasil", afirma.
A proprietária conta que a maioria dos motoristas prefere usar o extintor de incêndio. "O uso do extintor é grande porque no Brasil a maioria dos veículos possui seguro e é uma forma de proteção a mais".
Aline conta ainda que apesar da decisão do Contran afetar os fabricantes, a Diamantina Extintores não foi tão afetada "Nos atendemos particulares e empresas e por isso que apesar de termos tido prejuízo, não fomos muito afetados porque as empresas continuam se adequando e adquirindo extintores", finaliza.
O motorista carreteiro, Clério da Assunção, 44, morador do Distrito do Correntinho, se mostra revoltado com a situação. "O Contran não podia ter feito isso, muitos motoristas compraram e gastaram dinheiro. Beneficiaram uns e prejudicaram outros. Ou é ou não é", diz.
O motorista que usa extintor de incêndio há mais de 20 anos afirma que mesmo com a mudança não mudará os hábitos. "Continuarei usando o extintor" finaliza.
Fiscalização
Autoridades de trânsito vão continuar a fiscalizar o uso de extintores de incêndio nos veículos em que seu uso é obrigatório. A punição para quem não estiver com o equipamento ou para quem estiver com o equipamento com validade vencida inclui multa no valor de R$ 127,69 e cinco pontos na carteira de habilitação.
Por Folha com colaboração estagiário Diego Rafael
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