Campanha Dia Rosa quer reduzir o número de mortes causadas pela doença através da conscientização sobre a prevenção e do acesso ao tratamento em todo o mundo
Vários estados já estão atentos ao movimento que deseja reduzir a incidência do câncer de mama, através da Campanha Dia Rosa. Em Minas, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) está promovendo um conjunto de ações para reduzir a incidência do câncer de mama e a mortalidade de mulheres de 45 a 69 anos.
A primeira delas é um incentivo para que as mineiras dessa faixa etária façam o exame de mamografia de rastreamento, mesmo que não tenham nenhum sintoma aparente da doença. Os dados parciais sobre a doença no estado já são um incentivo à iniciativa de prevenção. De acordo com o
Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer da SES, em 2007, a mortalidade foi de 981 para cada grupo de 100 mil mulheres. Já em 2008, o número de óbitos passou para 1.076 e, em 2009, para 1.071.
Na área da Gerência Regional de Saúde (GRS) de Itabira, que abrange 24 cidades, a região de Guanhães, o número de exames vem aumentando. De janeiro a agosto deste ano, 5.572 mulheres na faixa etária de 45 a 69 anos já realizaram a mamografia. Em todo o ano passado, foram 5.517 exames. O resultado deve ser ainda melhor no final do ano.
Só na clínica de mamografias do Hospital Imaculada Conceiçao (HIC) em Guanhães, o mês de setembro fechou com 270 exames e de janeiro ao início de outubro, já foram aproximadamente 2.400. “Esse número está dentro do que esperamos. E as mulheres precisam mesmo ficar atentas à saúde através do trabalho de prevenção”, alerta Tatiane Ribeiro, funcionária que realiza exames.
Rastreamento
As ações do Governo de Minas serão implantadas de forma gradativa. Na primeira etapa, que vai até 2012, será feita a otimização do uso da rede de mamógrafos no Estado. Para isso, serão instalados nos Centros Viva Vida o serviço de emissão de laudos de mamografia a distância. Nessa etapa, serão envolvidas, além dos Centros, as Unidades Básicas de Saúde.
A segunda etapa do projeto, que começa agora e vai até 2013, busca ampliar a oferta dos procedimentos de confirmação diagnóstica do câncer de mama e que são complementares à mamografia
Incidência
De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de mama é o segundo tipo mais frequente no mundo e o mais comum entre as mulheres, respondendo por 22% dos casos novos a cada ano. No Brasil, as taxas de mortalidade por câncer de mama continuam elevadas, muito provavelmente porque a doença ainda é diagnosticada em estágios avançados. Na população mundial, a sobrevida média após cinco anos é de 61%.
Por Samira Cunha
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