A família chegou a fazer um apelo à comunidade através da Folha FM e o hospital registrou Boletim de Ocorrência junto à Polícia Militar. Mas foi um comerciante quem a ajudou. Segundo informações da irmã desse comerciante que trabalha próximo à Itambé, a mulher chegou agitada e ainda com a roupa do hospital, pedindo desesperadamente que alguém a levasse embora. Foi então que o comerciante a levou para a casa do filho.
O sobrinho de Ana, Edvan Marcos Ferreira dos Anjos, confirma o ocorrido. Segundo ele, a tia teria ficado escondida nos fundos do hospital, próximo a um rio e só no dia seguinte ao desaparecimento, saiu pelas ruas até que conseguiu ser socorrida. “Ela ainda não falou o motivo da fuga, mas parece que ela não estava muito bem”, conta.
Responsabilidade ou irresponsabilidade?
Em resposta ao que disse o diretor do HIC na reportagem de ontem, o oficial da Polícia Militar, Tenente Délcio, afirmou que a busca pela pessoa desaparecida é uma atribuição da Polícia. “A responsabilidade ou irresponsabilidade pelo fato do desaparecimento é deles [Hospital]. A nossa atribuição é a de tentar localizar como pessoa desaparecida. Quem tinha a custódia, a guarda dela era o hospital”, contou.
Nesta terça-feira (27), o diretor do HIC, Ricardo Pimenta, voltou a afirma que a instituição não teve erro na facilidade da paciente sair sem comunicar ou receber alta. Segundo ele, a saída da paciente foi um caso isolado e que durante os últimos dois anos em que está à frente da administração, não houve caso semelhante, ou que comprometesse a segurança no hospital e dos pacientes. “Foi uma decisão consciente da cidadã, que é maior de idade e responsável pelos seus atos”, comentou.
Ricardo ainda voltou a ressaltar que “o HIC não é cadeia e nem hospital psiquiátrico e as pessoas não podem ser obrigadas a ficarem no hospital”.
Já o Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais (CRM/MG), informou através da Assessoria de Comunicação, que o Hospital tem a responsabilidade sobre o paciente que está internado e que a primeira iniciativa em situações como estas é a de registrar Boletim de Ocorrência.
Mas a tarefa da Polícia Militar não anula a responsabilidade do Hospital em garantir a segurança da instituição. Outra informação da Assessoria é a de que, em casos como este, a família tem o direito de fazer uma denúncia junto ao CRM/MG.
Por Samira Cunha
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