A previsão de temperaturas ainda mais elevadas com a chegada do verão e das férias lança alerta para o risco de afogamentos. A procura por cachoeiras, lagoas, rios e piscinas é maior no fim do ano, aumentando também os pedidos de socorro ao Corpo de Bombeiros.
De janeiro a outubro, 434 banhistas morreram em Minas. Os registros superam em 14% todas as ocorrências atendidas em 2015, conforme os Bombeiros. A maioria dos casos acontece quando a pessoa não conhece o local ou ignora cuidados básicos.
Casos recentes de grande repercussão também reforçam o perigo. Em setembro, o ator Domingos Montagner morreu após mergulho no rio São Francisco, no Sergipe. No mês passado, um menino de 7 anos também se afogou em um clube em Esmeraldas, na Grande BH. Socorrido, ele não resistiu.
O risco é ainda maior quando as ocorrências envolvem banhistas que não sabem nadar ou ingerido bebidas alcoólicas, diz o instrutor de atendimento pré-hospitalar e especialista em salvamento aquático dos Bombeiros, sargento Benedito Eduardo.
Ele reforça preocupação com “abuso da autoconfiança” e falta de acompanhamento dos adultos, no caso de criança.
“A recomendação principal é, primeiro, observar o local. Nunca entre na água de uma vez e respeite o limite que molhe apenas até a altura do joelho. Pedir informações aos nativos sobre melhores locais para nadar também é uma boa opção”, afirma.
Alerta também para as chuvas intermitentes desta época do ano. Segundo o bombeiro, as precipitações podem provocar as conhecidas “trombas d’água”, que aumentam o fluxo de cachoeiras de repente. Nesses locais, pedras e galhos no fundo da água podem se tornar armadilhas e deixar as pessoas presas.
Para os que presenciam afogamentos, o instrutor explica que os acompanhantes nunca devem se arriscar para salvar uma vítima se não tiverem habilitação, e não devem ter contato físico direto com as mesmas. O mais certo a se fazer é, imediatamente, acionar o 193 e, depois, jogar algo em que a pessoa possa se segurar.
Por Hoje em Dia
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