Fechada há quase 20 anos por causa do risco de desabamento, a Igreja do Sagrado Coração de Jesus em Biribiri, um bucólico povoado de Diamantina, enfim será restaurada. O templo, erguido em 1876 e cercado por palmeiras imperiais, é tido como uma relíquia da arquitetura no Brasil, com características dos estilos rococó e eclético.
A obra será feita em duas fases. A primeira, de cunho emergencial, começa hoje, quando ocorrerá o escoramento interno da estrutura. Até o fim do ano, o telhado será reconstruído e intervenções no solo e subsolo vão eliminar o risco de infiltração, a principal causa do risco de desabamento.
“Drenagens vão conter o curso d’água superficial e o profundo”, explicou Soraia Aparecida Martins Farias, diretora de Conservação e restauração do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha).
Essa fase está prevista para ser concluída no fim de 2015 e foi orçada em R$ 200 mil. O investimento será bancado pela Associação dos Moradores da Vila de Biribiri e pela Estamparia S.A., a empresa de tecidos proprietária do templo e de mais duas das 33 construções do povoado.
“A igreja precisa urgentemente de intervenções. Há poucos dias, um pedaço do telhado caiu”, alertou o presidente da associação, Juscelino Brasiliano Roque, que nasceu no dia da inauguração de Brasília e cujo nome homenageia Juscelino Kubitschek (1902-1976), natural de Diamantina, e o próprio Brasil.
Anteontem, o xará do ex-presidente da República se reuniu com a diretora do Iepha e representantes da Estamparia. A segunda fase da obra está prevista para começar no primeiro trimestre de 2016, mas sua conclusão está condicionada a recurso em caixa. O valor ainda não foi calculado. A expectativa é que seja concluída em até 18 meses após o início das intervenções.
O projeto arquitetônico é de autoria da arquiteta e urbanista Rafaele Bogatzky. Toda a obra precisa ser supervisionada pelo Iepha, pois o conjunto arquitetônico do lugarejo é tombado pelo órgão desde 1998. O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) também deve acompanhar os procedimentos.
O acervo do templo – imagens sacras, castiçais, bancos, documentos e um órgão – foram levados para Diamantina, onde ficarão durante a restauração. Já o sino, construído em 1888, e o relógio, doado pela família real no fim do século 18, continuam na fachada da construção.
O NOVO PERFIL DO POVOADO
Biribiri surgiu para sediar uma fábrica de tecidos e ao mesmo tempo garantir emprego para moças carentes do Vale do Jequitinhonha. Depois de rotulada carinhosamente de cidade- fantasma, o lugarejo atrai recursos. Os novos proprietários dos imóveis do local dão uma guinada na economia de lá. Biribiri agora tem pousada e dois restaurantes. Daqui a alguns meses, ganhará um hotel, uma loja, uma vinícola e um museu.
COBRANÇA: População vai às ruas em protesto contra a Prefeitura de Morro do Pilar
A tarde desse sábado, 15 de agosto, ficou marcada por protestos em Morro do Pilar. A manifestação pacífica arrastou um grande número de pessoas para as ruas da cidade.
O objetivo dos protestos era questionar a Prefeitura Municipal sobre o uso do dinheiro público na cidade. Segundo uma internauta que não quis se identificar, o governo municipal está com o pagamento atrasado há quatro meses.
Com faixas, os protestantes cobravam o cumprimento das promessas de campanha e melhor uso do dinheiro gerado pela mineração.
Por Estado de Minas
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